CLUBES DO BRASIL – De espaço para os filhos treinarem a principal clube de tênis de mesa de Goiás, a história da AGTM
Mais de 30 anos se passaram desde o tímido início e a AGTM segue revelando craques em Goiânia
Gabriela Carvalho (centro) com atletas da AGTM. Foto: Arquivo Pessoal.
Por Assessoria de Imprensa - CBTM
Quando a Associação Goiana de Tênis de Mesa (AGTM) surgiu, em meados da década de 1980, era apenas um local de treino para os filhos de Pedro Silva, o dono do clube. Na 12ª reportagem da série Clubes do Brasil, vamos falar dessa equipe, que deixou de ser um simples local para a prática dos filhos de um pai apaixonado pela modalidade, para se tornar o principal clube da capital de Goiás.
A trajetória era despretensiosa no início. Primeiramente, era utilizado pelos filhos de Silva, Layla, Luana e Leandro. Com o tempo, se tornou um local para os amigos, mas foram surgindo talentos, crianças e adolescentes e adultos, que demostraram que conseguiriam seguir adiante no esporte. O clube de amigos se tornou AGME (Associação Goiana de Mesatenistas) e filiou-se à Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, em 2004.
Em 2015, a AGME se tornou AGTM. Pedro Silva acolheu muitos atletas de comunidades, dando oportunidades para que eles pudessem treinar na sua academia e futuramente se tornarem grandes atletas. Thiago Lopez, Fernando Umeda, Rubem Teixeira, José Antônio (Zezinho), Fernando Barreira e Roberto Costa foram alguns dos nomes que se destacaram no tênis de mesa do estado.
A geração atual conta com Valdineis Medeiros (único Rating A de Goiás), Sheila Sousa e Gabriela Carvalho. A AGTM ficou em terceiro lugar por equipes nos Brasileiros de 2018 e 2019. Muitos destes atletas já são professores e atuam na formação de destaques das categorias de base.
Caio Takatu, Iasmin Iwamoto, Laís Katopodis, Lucas Araujo, Guilherme Santos, Vinícius Silva, Thiago Huarachi, Gustavo Barbosa e Alice Amaral são algumas das boas promessas. Huarachi, por exemplo, terminou a última temporada em terceiro lugar no ranking nacional do super pré-mirim. Na outra ponta, Rubem Teixeira, que ainda é professor e atleta, ficou em terceiro lugar no veterano 60 do último Brasileiro.
“Estamos trabalhando na formação de atletas, focando no alto rendimento e no aumento da prática do tênis de mesa, seja para lazer, bem-estar ou para o profissional. Tivemos o maior número de participantes do estado no Campeonato Brasileiro de 2019 e queremos cada vez mais aumentar esses números, queremos trazer cada vez mais o profissional para a vida do atleta”, explica Gabriela Carvalho, uma das professoras da AGTM.
A volta de Goiás ao cenário nacional do tênis de mesa, com a criação de uma nova Federação em 2018, fez com que a modalidade crescesse no estado. Mas a AGTM ainda luta por melhores condições e trabalha por dias ainda melhores.
“Com o novo trabalho da Federação, praticantes do interior começaram a ver o tênis de mesa como algo possível. A organização atraiu mais pessoas para as Copas Goianas, parcerias, admiradores e novos locais. Foi fundamental o trabalho da Federação. Nossa Associação ainda não tem patrocinadores e vivemos de mensalidades para pagar as contas e de ajudas para reformas. Gostaríamos muito de ter alguma parceria para poder realizar este sonho, que é dar acesso gratuito à atletas de baixa renda, aumentar o espaço e poder se tornar em um centro de treinamento de alto rendimento”, sonha a professora e atleta da AGTM.
E o clube, que começou como local de treinamento para os filhos de Pedro Silva, já serve como espaço para seu neto, Eric, de apenas 6 anos. A paixão se perpetua.
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