Um dia histórico para o tênis de mesa brasileiro. E, dessa vez, não exatamente pelas façanhas de Hugo Calderano, Bruna Takahashi, Bruna Alexandre e outros astros e estrelas das seleções nacionais em quadra. Mas pelo reconhecimento a um trabalho educativo forjado há anos pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa.
O presidente da confederação, Vilmar Schindler, o assessor especial de esportes, Alaor Azevedo, e a presidente do Comitê de Planejamento Científico da CBTM e presidente interina do Comitê de Ciência do Esporte e Medicina da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), Taisa Belli, apresentaram os avanços da Universidade do Tênis de Mesa durante o Summit da ITTF em Doha.
O evento reuniu representantes das 227 nações associadas à ITTF.
"Uma das meninas dos olhos da CBTM é a Universidade de Tênis de Mesa. É um programa que nasceu como um sonho do Alaor e que se concretizou. Agora estamos dando continuidade. A UniTM forma técnicos para que eles, por sua vez, forma atletas, árbitros, e gestores por meio de cursos on-line. Acredito que ter um programa como a UniTM é uma coisa primordial para qualquer organização esportiva, e a CBTM tem se tornado uma referência internacional neste tema", afirmou o presidente Vilma Schindler.
Alaor iniciou a sessão dedicada ao Brasil com uma explicação sobre a criação da instituição de ensino, em 2021, e os números atingidos ao longo dos últimos anos. Na sequência, Taisa conduziu uma demonstração elaborada sobre a metodologia e os projetos da Universidade do Tênis de Mesa na preparação e formação de treinadores e outros interessados.
Depois da apresentação, Taisa participou de um painel para discutir o desenvolvimento de treinadores e jogadores com outros quatro especialistas internacionais.
"A criação da UniTM era um grande sonho, de mais de 30 anos. E em 2020, graças ao nosso ex-CEO Geraldo Campestrini e à professora Taisa Belli, desenvolvemos não apenas a universidade, mas o nosso próprio conteúdo. Desde 2021, quando lançamos nosso primeiro curso, até hoje já formamos mais de dois mil pessoas, entre árbitros, treinadores e gestores, entre outras áreas. E hoje (nesta quinta-feira) tivemos a possibilidade de mostrar esse case para o mundo inteiro, e junto da Alemanha, um país que tem mais de 700 mil praticantes filiados. Como comparação, nós estamos tentando chegar a dez mil. É um motivo de muita satisfação e alegria para a CBTM e a comunidade do tênis de mesa nacional. E ainda vamos avançar muito mais, em diversas outras áreas. Existe um futuro brilhante pela frente", disse Alaor Azevedo, que também é vice-presidente da ITTF.
Outros países e continentes também apresentaram seus trabalhos. O australiano Scott Hudson, chefe da divisão da ITTF para a Oceania, falou dos desafios logísticos e das oportunidades na região.
"Para mim é um grande prazer estar, representando a CBTM. Viemos falar especificamente do programa de treinamento de treinadores, o fato de ele ser híbrido e isso garantir alcance, a ideia de criar um programa para desenvolvimento de treinadoras mulheres. Quisemos compartilhar essas boas práticas com todos os países do mundo", complementou Taisa Belli.
Richard Prause falou, posteriormente, sobre o programa de educação e estrutura para treinadores praticados pela federação alemã de tênis de mesa.