(09-07-2025) 149-2025
COMUNICADO - CBTM
O comitê executivo no uso de suas atribuições estatutárias torna público.
À luz dos elementos trazidos em reportagem do portal UOL, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) gostaria de propor o seguinte debate.
As Confederações Olímpicos Nacionais, o Comitê Olímpico do Brasil, o Comitê Paralímpico Brasileiro, o Ministério do Esporte e outras entidades, que compõem o ecossistema esportivo são os responsáveis pelo desenvolvimento esportivo do país. E são, inequívoca e corretamente, cobradas em relação a performances nos mais importantes eventos do esporte, sejam eles de realização nacional ou internacional. Contudo, um impasse se apresenta: dado que os recursos são limitados, como crescer para se tornar uma potência se o dinheiro destas entidades é finito?
A CBTM propôs, sim, que os atletas paralímpicos brasileiros com resultados esportivos estratégicos direcionassem recursos próprios para seus planos esportivos e para suas próprias evoluções no ranking profissional (e cabe aqui um mea culpa: a confederação reconhece que o pedido pode ter sido mal interpretado, mas seu intuito foi puramente educativo).
Enquanto propunha aos atletas que fizessem o investimento próprio, a CBTM se pôs à disposição para modificar o processo naquilo que o Ministério do Esporte entenda ser necessário. Assim, além de responder à Ouvidoria do Ministério, no dia 09 de junho, fez uma consulta diretamente à Coordenação do Bolsa Atleta no dia 10 de junho, consulta que foi reiterada no dia 08 de julho, com questionamentos importantes que, tão logo respondidos pelo Ministério, ajudariam todos os envolvidos a entenderem suas parcelas de participação no Programa Bolsa Atleta, de acordo com a estratégia de desenvolvimento da modalidade. Até a presente data, a consulta feita pela CBTM não teve resposta.
A CBTM entende que, na ausência dessa informação oficial da pasta, os atletas que cumprirem os requisitos mínimos exigidos diretamente pelo Ministério não serão, de forma alguma, prejudicados pela confederação em suas respectivas indicações e prestações de contas das bolsas. A ideia é colaborar, não prejudicar.
Porém, convidamos a todos, em conjunto, à seguinte reflexão: se cumprirmos o mínimo, provavelmente não atingiremos o máximo, que, em outras palavras, é a tão sonhada medalha de ouro paralímpica nos Jogos Paralímpicos de Los Angeles, em 2028. Pelo simples fato que a CBTM, sozinha, não tem recursos suficientes para custear todos os planos esportivos para que todos os mais de 20 atletas paralímpicos brasileiros de ponta se mantenham entre os primeiros colocados do ranking mundial e cheguem a 2028 em condições propícias para brigar por medalhas.
Em tempo, a CBTM reitera que tem total compromisso com o Programa Bolsa Atleta e atende às exigências da legislação.
Tanto é que, depois de consenso entre a confederação e o Ministério do Esporte, nenhum atleta da seleção paralímpica nacional foi alijado do programa. A bem da verdade, a confederação aumentou o número de contemplados de 2024 para 2025: dos 17 beneficiados anteriormente, o número saltou para 22.
Mais uma vez, nos colocamos à disposição para quaisquer esclarecimentos e reiteramos nosso compromisso com o esporte paralímpico.
Comitê Executivo