Sobre os critérios para definir investimentos da CBTM em atletas:
O ranking não é o único critério para essa tomada de decisão. No tênis de mesa paralímpico, a diferença no número de atletas praticantes em cada classe é gritante - em algumas classes, temos cerca de 80 atletas; em outras, por volta de 20. Para contemplar a diversidade dos atletas, avaliar apenas posiciona ranking não seria justo.
Portanto, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) adota uma política de investimento técnico, baseada em critérios estratégicos, com foco no desenvolvimento de talentos e na obtenção de resultados expressivos no cenário internacional.
A definição dos atletas que terão suas despesas cobertas em competições internacionais segue os seguintes critérios principais:
Por fim, vale reforçar que o apoio oferecido também pode variar conforme o tipo de competição, orçamento disponível, prioridade do evento no calendário internacional e metas estabelecidas para cada atleta ou categoria. A CBTM busca, dentro de suas possibilidades, oferecer suporte justo, técnico e estratégico, com foco na excelência esportiva.
Sobre o uso de uniforme próprio ou da seleção brasileira em competições internacionais:
Esta é uma questão estatutária, ou seja, a propriedade da seleção pertence à confederação. Abaixo, o artigo referente ao assunto:
Art. 96 - Os uniformes das equipes oficiais da CBTM serão usados de acordo com as conveniências e as exigências regulamentares das competições nacionais e internacionais, devendo seguir os parâmetros estabelecidos pela CBTM quanto a cores, marcas, insígnias e patrocínios, ficando os infratores sujeitos à multa estipulada em até 100.000,00 (cem mil reais), a ser aplicada em processo administrativo interno, cabendo recurso quanto à penalidade imposta, nos termos do rito descrito no art.102§3º.
Há alguns atletas que utilizam uniforme próprio em algumas competições do calendário, mas estas exceções são analisadas caso a caso e devem ser acordadas previamente por contrato. A CBTM está aberta a negociações com todos os atletas para tal.
Sobre recursos para bancar atletas em competições internacionais:
A confederação possui orçamento limitado e, buscando o melhor aproveitamento possível, sempre procura apoiar os atletas que são foco da entidade, conforme explicado na questão 1, de acordo com estratégias internas.
A definição do investimento de recursos é muito importante, ainda mais neste momento de início de ciclo, e considerando que um dos grandes objetivos estratégicos da entidade é a renovação.
Sobre preservação de imagem multilateral prevista pelo Código de Ética da entidade:
Respeitar os organismos diretivos do esporte, além de combater energicamente todos os atos que possam desmoralizar, desacreditar ou comprometer a imagem do Tênis de Mesa, é um compromisso a ser assumido por todos os contribuintes da modalidade, incluindo os atletas, nos termos do artigo 11, inciso II do Código de Ética vigente.
Ou seja, isto vale tanto por parte deles em relação à confederação, como por parte da confederação em relação a eles. É uma conduta multilateral, que envolve todos os contribuintes da modalidade, conforme citado.
Sobre devolução de bens de comodato por parte do Clube Nova Era de Tênis de Mesa de Bauru:
Nenhum atleta paralímpico que compõe a seleção brasileira permanente possui vínculo com a referida entidade. A decisão em retomar a guarda dos materiais está ligada ao baixo número de atletas na associação, que já possui estrutura para atender suas demandas locais, através de chamamento público com a prefeitura. A proposta da CBTM é ajudar outras entidades que estão iniciando o processo de desenvolvimento da modalidade.