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Brasileirão de Verão Interclubes usa tecnologia de ponta para garantir 'fair play'

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No Campeonato Brasileiro de Verão Interclubes não há espaço para o jogo sujo! Na competição, que acontece em Blumenau (SC) até 14/12, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa preparou uma estrutura especial para garantir a lisura do torneio: um laboratório de alta precisão, liderado por Adalberto Lima. O chefe da área de controle realiza uma vistoria completa dos equipamentos dos competidores, garantindo que a tecnologia não se sobreponha ao talento.

"O controle de raquetes busca evitar que os atletas usem materiais irregulares. Um pino sem atrito ou uma borracha inchada podem influenciar drasticamente na vitória ou derrota", explica Lima. Não é exagero: no tênis de mesa, milímetros e micrômetros podem definir a trajetória de uma bola a mais de 100km/h. Até mesmo as mais minúsculas alterações físicas no material podem confundir o adversário e gerar efeitos impossíveis de serem devolvidos. A operação segue os mais rigorosos protocolos da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF).

Tecnologia de ponta contra as trapaças antes...

O arsenal tecnológico utilizado pela equipe de arbitragem impressiona e não deixa margem para o "jeitinho":

• O Caçador de Químicos (MiniRAE Lite): é um dispositivo sensível capaz de detectar Compostos Orgânicos Voláteis (VOCs). Colas antigas, que aumentavam a velocidade da bola, foram banidas. Hoje, o limite é de apenas 3 ppm (partes por milhão). O aparelho é implacável: se a cola não for à base de água, o sensor acusa;
• O 'Terror' dos Pinos Longos: a grande estrela da fiscalização neste campeonato é o medidor de atrito. Jogadores defensivos que utilizam "pinos tratados" (quimicamente alterados para perder aderência e inverter o efeito da bola de forma imprevisível) estão na mira. "Se o peso padrão deslizar, o pino não tem atrito e está irregular. Para estar apto, o peso precisa ficar estacionado", detalha Adalberto.
• Precisão Milimétrica: dispositivos digitais verificam a planicidade da madeira (côncava ou convexa) e a espessura total das borrachas - que não podem ultrapassar 4,09mm para as do tipo "sanduíche" ou 2,05mm para pinos sem esponja (OX).

... E depois das partidas

O Brasileirão de Verão Interclubes também permite a instituição das diretrizes mais recentes da ITTF, implementadas em junho de 2025: em casos de dúvida persistente sobre a regularidade do equipamento, os fiscais têm a autoridade para desmontar a raquete de um jogador após a partida, realizando uma "autópsia" completa do material para assegurar a legitimidade do resultado.

Para Adalberto e sua equipe, não se trata apenas de punir os atletas, mas sim da preservação da essência do esporte. "Estamos aqui para evitar que burlem as regras. O objetivo é que todos cumpram o regulamento e joguem legamente", finaliza.