Por CBTM
O treinador da seleção feminina adulta fala sobre as dificuldades da escolha da equipe que representará o Brasil nos Jogos Pan Americanos do Rio de Janeiro, em julho.
CBTM: Qual seu objetivo nesta serie de amistosos?
LINCON YASUDA: O meu principal objetivo foi dar às meninas um pouco de ritmo de jogo. Existe a necessidade de se fazer jogos com pessoas diferentes e contra os meninos do Juvenil, elas puderam disputar bons jogos, sempre com equilíbrio.
CBTM:Qual será a maior luta das meninas no Mundial?
LINCON YASUDA: A maior batalha será superar o grande obstáculo de transformar bons jogos
CBTM: Qual a dificuldade de se escolher duas atletas (entre Mariany Nonaka, Karin Sako e Carina Murashige) sabendo que o Pan pode mudar a vida delas?
LINCON YASUDA: O momento da escolha será difícil para todos, principalmente, para o treinador. Todo mundo enxerga somente o lado dos atletas, não fazem idéia do quanto isso tira a gente do sério. No caso desta equipe em especial, na parte técnica tenho reunido elementos suficientes para explicar uma possível formação. Porém, faltam-me dados concretos, os resultados diferenciados. Uma boa vitória, uma conquista algo do tipo. Por exemplo, seria muito mais fácil afirmar que uma teve resultados melhores do que a outra. Isso é menos subjetivo, mais fácil para as pessoas compreenderem. Esses amistosos e a Croácia serão as últimas chances para alguma delas se garantirem assim.
CBTM: E afetivamente, qual a dificuldade?
LINCON YASUDA: Afetivamente é claro que as relações mudam muito após um corte. Mas, tanto técnicos como jogadores precisam ser profissionais nesse momento. Somos todos servidores à Seleção Brasileira, e todo mundo têm que entender que o interesse da Seleção está acima dos interesses pessoais. Se essa idéia estiver clara na cabeça de todos, as feridas ocasionadas por uma escolha ficam mais amenizadas.