Por CBTM
O mesa-tenista Hugo Hanashiro fala um pouco de como concilia o tênis de mesa com o trabalho e explica porque não aceitou o bolsa-atleta.
CBTM: Qual a importância do bolsa-atleta para sua carreira?
HUGO HANASHIRO: Bom, o bolsa-atleta foi, de fato, um grande passo no esporte brasileiro. Há muito tempo que se reivindicava uma bolsa-auxílio para que atletas pudessem se dedicar exclusivamente ao esporte, algo que sempre foi privilégio de jogadores de futebol e alguns poucos esportes. Na verdade o que sustenta o esporte amador no Brasil são os municípios que contratam atletas para representá-los nos Jogos Abertos de seu Estado. Sem isso, fatalmente os atletas não teriam como tirar seu sustento através do esporte. A bolsa-atleta pode se tornar uma boa alternativa.
CBTM: Você já está recebendo o benefício? Desde quando?
HANASHIRO: Eu fui contemplado pelo bolsa-atleta categoria Olímpica, porém por eu também ter outras fontes de renda, não dei prosseguimento ao processo de concessão da bolsa. Explico. Um dos pré-requisitos é de que o contemplado não obtenha qualquer outro tipo de renda além da bolsa-atleta. Por esse motivo, achei por certo não fazer parte deste projeto.
CBTM: Você jogará o Brasileiro? Quais suas expectativas?
HANASHIRO: Não vou participar.
CBTM: Quais seus planos para 2007?
HANASHIRO: Em termos de Tênis de Mesa meu objetivo para 2007 é conquistar os títulos mais importantes para minha equipe, Tijucussu São Caetano do Sul, tais como Jogos Regionais e Jogos Abertos do Interior. Por eu estar dividindo meu tempo entre Tênis de Mesa e vida profissional (trabalho na área de Comércio Exterior da Itaim Iluminação - patrocinadora e mantenedora do clube Itaim Keiko), não há como me dedicar 100% do meu tempo ao Tênis de Mesa como antigamente. Porém não "larguei" o esporte de vez. Administro meu tempo para que eu consiga treinar 3, 4 vezes por semana.