Por CBTM
Um marco histórico para o Esporte Paralímpico Brasileiro. Foi assim que o presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), Andrew Parsons, definiu a Academia Paraolímpica Brasileira (APB), lançada na noite de ontem, em Uberlândia.
“Certamente hoje estamos escrevendo algumas das páginas mais importantes do Esporte Paralímpico Mundial”, afirmou Parsons.
A cerimônia de lançamento da APB aconteceu na Universidade Federal de Uberlândia (UFU), que sedia também o primeiro Centro de Formação de Profissionais do Esporte Paralímpico (CEFEP).
Andrew Parsons explicou que a Universidade Federal de Uberlândia foi a escolhida para ser sede do CEFEP por ter sido primeira instituição a se por à disposição.
“A UFU respira Esporte Paralímpico, foi uma escolha natural”, justificou Parsons, lembrando que Uberlândia foi a primeira cidade do país a ter uma instalação esportiva com nome de um atleta Paralímpico – a pista Ádria dos Santos.
A Academia Paraolímpica Brasileira
A APB é baseada em três pilares: relação institucional com o meio acadêmico; publicações; e formação de recursos humanos. Para tanto, o CPB firmou ontem a parceria com a UFU, e assinará também com a Unicamp e a Unifesp. Além disso, está programado para setembro o lançamento do primeiro livro com o selo da Academia, pela editora Atheneu.
Mas é no último item, da formação, que está o CEFEP, inaugurado ontem, em Uberlândia. É de lá que serão elaborados, organizados e ministrados os cursos de formação de profissionais do Esporte Paralímpico, sejam presenciais ou à distância.
“Precisamos sistematizar nosso conhecimento, incrementar o nível do Esporte Paralímpico, produzir novos saberes e aproveitar os já existentes no mais alto nível. A APB pretende formar árbitros, classificadores, técnicos, para melhorar o serviço que oferecemos aos nossos atletas”, explicou Parsons.
“Esse centro com certeza trará uma nova etapa para o esporte brasileiro, assim como foi a Lei Agnelo Piva”, avaliou o deputado federal Gilmar Machado (PT/MG).
Gilmar Machado lembrou que, quando foi relator da Lei Agnelo Piva, em 2001, foi o autor da emenda que obrigava que o CPB e o COB reservassem um percentual do valor recebido para o esporte escolar e universitário. E é essa verba que viabilizou a instalação da Academia Paraolímpica Brasileira.
“Para que a gente possa ter grandes atletas, é preciso formar profissionais”, ponderou o deputado, que foi aluno da UFU.
A cerimônia na UFU, que ainda teve o lançamento da logo da Academia Paraolímpica Brasileira e a assinatura do termo de cooperação técnica entre o CPB e a UFU, contou com a presença do reitor da Universidade Federal de Uberlândia, Alfredo Júlio Fernandes Neto; do vice-reitor da UFU, Darizon Alves de Andrade; do pró-reitor de extensão, cultura e assuntos estudantis e coordenador do CEFEP, Alberto Martins da Costa; da representante do Ministério do Esporte, Adriana Taboza; da representante da secretaria de esportes de Minas Gerais, Rosana Bastos, ex-atleta paraolímpica; do presidente do Conselho Regional de Educação Física (CREF), Cláudio Bosque; do secretário da Fundação do Esporte de Uberlândia (Futel), vereador Antônio Carrijo; além do vice-presidente do CPB, Luiz Claudio Pereira, e dos membros da Comissão Científica do CPB, responsáveis pela Academia.