Por CBTM
O mesa-tenista para-olímpico Carlo Michell está de malas prontas para o Rio de Janeiro, onde disputará o ParaPan, na categoria andante. CBTM: Com oito medalhas de ouro em Parapans, você pode chegar até a décima. Qual a emoção que você sente ao subir no pódio e ouvir o hino nacional? CARLO MICHELL: É um momento de glória ouvir o hino nacional no lugar mais alto do pódio, saber que eu estou ali representando todos aqueles que ajudaram e trabalharam junto comigo para isso. CBTM: Você é um exemplo de superação. Qual conselho daria para os mais jovens? CARLO MICHELL: Nunca desistir, sempre ouvir as pessoas que te ajudam e acima de tudo, acreditar em você mesmo. CBTM: O que falta para o esporte para-olímpico dar uma guinada na direção das grandes potências? CARLO MICHELL: Acima de tudo falta intercâmbio internacional para os atletas de hoje, pro futuro falta a massificação na busca de encontrarmos novos valores, pois os melhores atletas do país hoje tem mais de 30 anos. Eu, por exemplo, tenho 37 e só fui descobrir o tênis de mesa na modalidade para-olímpica aos 26 anos, se tivesse mais informação naquela época poderia ter intensificado meus treinamentos de forma mais profissional e segura. CBTM: Como está sendo sua preparação? CARLO MICHELL: Neste momento estou fazendo muitos jogos. A partir de 1º de agosto vou intensificar os treinos até dia 7, procurar fazer jogadas bem específicas da minha classe -6-, onde a mobilidade é bem restrita. Estarei treinando muito também a terceira bola para finalizações rápidas, para poder competir com os atletas de classes -9- e -10- no Open, pois tenho como meta ficar entre os 4 primeiros, para acumular pontos suficientes para estar entre os 4 primeiros do ranking mundial, o que me fará cabeça de chave nos Jogos Olímpicos de Pequim CBTM: O que você espera da possibilidade de jogar um ParaPan em casa? CARLO MICHELL: É tudo o que um atleta sonha jogar em casa, a responsabilidade aumenta com isso poderemos mostrar para o Brasil a força e o caráter do TM para-olímpico. Este vai ser o ápice da minha carreira. CBTM: O que você sentiu ao ver Hugo Hoyama, que é da mesma modalidade que você, se tornar o maior atleta da história brasileira dos Jogos Pan Americanos? CARLO MICHELL: Estava grudado na tv, fiquei muito emocionado, pois ele merece. O conheci no Aberto do Brasil 2007, aqui CBTM: Você tem uma medalha especial? CARLO MICHELL: Tenho duas - Ouro em Duplas no Parapan do México em 1999 - Ouro individual no Mundial da Paz no Rio em 2005).