Por CBTM
Na fracassada invasão francesa em 1555 começava a história de Niterói. A bravura do cacique Araribóia e de sua tribo foi retribuída com a cessão das terras pela coroa portuguesa. Assim, em 22 de novembro de 1573 o capitão-mor Araribóia, batizado pelos jesuítas com o nome Martin Afonso de Souza, fundou a aldeia de São Lourenço.
No início as atividades navais eram responsáveis pelo progresso da aldeia, que com advento do comércio de peixes, de construções de armações, esquartejamento e industrialização de baleias adquiriu importância até tornar-se Vila Real da Praia Grande, em 1819.
O nome Niterói só veio em 1835 após a vila se tornar a capital provisória da província do Rio de Janeiro. Nictcheroy em Tupi significa "água escondida". A condição de capital trouxe série de desenvolvimentos urbanos, como a barca a vapor, iluminação pública a óleo de baleia, lampiões a gás, abastecimento de água e novos meios de transporte (bondes elétricos, estradas de ferro, companhia de navegação) para ligar a cidade ao interior do estado.
A revolta da armada em 1893 prejudicou as atividades produtivas e forçou a transferência da sede da capital para Petrópolis, junto à fragmentação de seu território: freguesias próximas passaram a constituir o município de São Gonçalo.
No século XX, Niterói seria de novo a capital do estado em 1903, por estar localizada próxima ao Rio de Janeiro, cidade mais desenvolvida na rede urbana nacional. Novo impulso de modernização na cidade com construção de praças, deques, parques, estação hidroviária e rede de esgotos, além de alargamentos das ruas e avenidas principais. O maior marco para o crescimento econômico da cidade viria em meio ao regime militar, em plena ditadura, quando foi inaugurada a Ponte Presidente Costa e Silva (Ponte Rio-Niterói), em 1974.
Porém, o esperado crescimento sofreu impacto com a fusão do estado da Guanabara e Rio de Janeiro, provocando o esvaziamento econômico com a perda do título de capital de Niterói.