Por CBTM
Os alunos de 1ª à 4ª série do ensino fundamental do Estado deverão ser surpreendidos com a prática de modalidades olímpicas a partir do próximo ano.
É que estão sendo programadas aula de tae kwondo, boxe, caratê, judô, beisebol, badminton, tênis de mesa, ginásticas rítmica e artística, atletismo, capoeira e rúgbi, informações sobre dopping, além de modalidades tradicionais como futebol, basquete, handebol e vôlei.
Pelo menos essa é a promessa da Secretaria de Estado da Educação que já divide opiniões na sociedade, com críticas e incentivos.
Todos os professores estão aptos para lecionar as novas propostas curriculares, disse o integrante da Equipe Técnica de Educação Física da Secretaria de Educação, Sérgio Silveira. Segundo ele, o objetivo não é preparar atletas e sim despertar o interesse para o esporte.
As crianças não vão aprender a lutar, apenas terão noções sobre cada uma das modalidades. Como realizar o movimento com qualidade, trabalho sobre força muscular e importância para a saúde, explicou.
Além das aulas práticas haverá teóricas, com parte escrita e instruções em salas de aulas, inclusive por vídeos.
Já o mestre em caratê, Ronan Ramos, é contra a instrução de lutas marciais por professores de educação física. Arte marcial não é esporte, é filosofia, uma forma de enxergar a vida, defende.
Ele diz que as noções das artes marciais nas escolas são muito válidas, mas desde que seja ensinada por pessoa habilitada, pois ao contrário, são grandes as chances dos movimentos serem ensinados de forma errada. Disse ainda que sem a filosofia, ninguém sabe que uso que poderá ser feito dos golpes.
Mas a iniciativa do Estado é aprovada pela primeira vice-presidente do Conselho Regional de Educação Física (Crefi), Margareth Anderáos. Segundo ela ninguém está propondo a prática do esporte, mas o trabalho de habilidades básicas das diferentes modalidades esportivas. Não teria cabimento a contratação de um especialista em futebol americano, disse.