Por CBTM
A ausência na Paraolimpíada deixou uma ponta de frustração. Nem por isso a bento-gonçalvense Rosângela Dalcin parou de se dedicar ao que, segundo ela, mudou sua vida: o Tênis de Mesa. Cadeirante desde 1985, ela só encontrou benefícios no esporte.
--- Foi a melhor coisa que poderia ter acontecido. Para qualquer pessoa é primordial praticar esporte e, para quem é deficiente físico, é ainda mais importante, porque ficamos muito tempo parados. Hoje sou outra pessoa. Meu corpo responde melhor, tenho mais equilíbrio. E ainda há a integração com os demais praticantes. Aprendi até a ter mais disciplina e respeitar mais os outros --- analisa Rosângela, 44, que não anda mais devido a um acidente de trânsito.
No ano passado, ela competiu nos Jogos Parapan-Americanos, mas não conseguiu medalha no individual - levou para casa um bronze na disputa
Mesmo assim, Rosângela, que é servidora pública, continua com os treinos de três a quatro vezes por semana e faz parte do Cidef/UCS.
--- Se tivesse participado de uns três campeonatos na Europa, teria conseguido mais pontuação e, quem sabe, poderia ter classificado às Paraolimpíadas. Fiquei sentida, mas não vou deixar de treinar para tentar competir nas próximas --- disse.
Rosângela fará questão de acompanhar os Jogos pela televisão.
--- Acompanhei as Olimpíadas pela televisão, mas me identifico mais com a Paraolimpíada. Tenho vários amigos lá. Acho que o Brasil vai se sair muito bem, poderia ser ainda melhor se tivesse mais incentivo, mas lá tem um pessoal com muita garra e vontade - torce a gaúcha, que tem patrocínio da UCS e Construtora Poletto, e apoio de LMS Latino Americana e Ampla Stands.
Fonte: O Pioneiro