Por CBTM
O paulistano Luís Henrique Medina é conhecido pelos amigos
Caíque nasceu sem parte dos dois braços. Não tem a perna esquerda, não tem a língua e não tem o dedão do pé. Usa perna mecânica e, na hora de jogar, prende a raquete ao braço por meio de uma faixa de velcro.
--- Tenho 57 anos em cada perna. Como tenho uma perna só.. --- brinca.
--- Eu disputo competição com deficientes, mas hoje (ontem), por exemplo, estou jogando com as pessoas normais. Esse esporte, para mim, significa saúde e agilidade física e mental.
O atleta representa o clube Itaim Keiko e o Clube dos Paraplégicos de São Paulo. Ele já ganhou medalhas, entre elas, uma de ouro na Romênia em competição paraolímpica.
--- Tenho o sonho de disputar uma paraolimpíada. Deveríamos ter mais incentivo para disputar torneios fora do País".
Caíque aprendeu a jogar tênis de mesa no Ciedef (Associação para Integração Esportiva do Deficiente Físico). E muitas outras coisas aprendeu no Centro de Reabilitação da Escola São Francisco.
--- Fui levado para lá pelo juizado de menores. Não conheci pai e mãe, porque fui abandonado. Não fui adotado --- comenta.
--- Eu me formei em Citotecnologia (estudo das células) e fui concursado da Secretaria de Saúde de São Paulo. Hoje, sou aposentado e quero curtir a vida.
A 3ª etapa do Ranking Paulista foi vencida pelo Itaim Keiko, de Guarulhos. Em 2º ficou a equipe Estrela de Ouro, de Santos e, em 3º, o Jundiaí Clube.
A etapa ocorreu no Anexo do Bolão, sábado e ontem, reunindo cerca de 350 atletas em 19 categorias, da pré-mirim à Divisão Especial. A soma das etapas definirá a seleção a representar São Paulo no Brasileiro,
Fonte: Jornal de Jundiaí