Notícia

PARABÉNS KARIN SAKO

Por CBTM

25/01/2008 11h05


Nesta sexta-feira (25), a mesatenista da Seleção Brasileira Karin Roberta Sako sopra 20 velinhas de um bolo eslovaco. Jogadora há 13 anos, a sansei está morando na Eslováquia para aprimorar sua técnica na mesa e irá passar o aniversário sem a família ou os amigos, mas mesmo assim não deixará de ser uma data marcante, ainda mais no ano que foi indicada para compor a Seleção Brasileira Adulta que irá para o Mundial da China e para o Pré-Olímpico garantir a vaga do Brasil nos Jogos Olímpicos.

 

A atleta foi para a Europa dia 26 de novembro do ano passado, retornou ao Brasil para jogar a Seletiva Adulta, em janeiro, mas logo retornou, pois tinha jogos da Liga. Esta não é a primeira vez que ela vai para fora do país treinar. Karin já foi para o Japão com Cláudia Ikeizumi, Jéssica Yamada e Silva Shiwa (ex-atleta), onde ficaram três meses, e passou um mês na China com a Seleção Juvenil e Lígia Silva.

 

No dia anterior ao seu aniversário, a CBTM conversou com Karin. Confira um pouco do momento, dos anseios e da história da paulista do clube Circolo Italiano.

 

Como você acha que será passar seu aniversário aí na Eslováquia?

Queria não passar. Os dois aniversários que gostaria de passar em casa não passei. Um foi no de 15 anos, que estava no Japão, e agora no de 20 aqui na Eslováquia. Bem, todo mundo do treino está falando do dia de amanhã (25) e fico meio assustado com o que pode vir (risos), o pessoal aqui é bem festeiro e cada um quer comemorar de um jeito. Mas dia 26 tem jogo, aí não dá para fazer muita coisa.

 

Como é morar aí?

Sinto-me em casa aqui, todo dia acordo pensando que estou no Brasil. Moro num quarto, no mesmo local do treino, do restaurante e da academia, por isso não preciso sair no frio para nada. Às vezes bate aquela saudade do Brasil, dos amigos da família, mas é normal.

 

Por que você escolheu a Eslováquia?

Bom, escolhi a Eslováquia porque foi a única opção que tinha, eu queria sair do Brasil, ter novas experiências em um lugar para poder pensar e me concentrar.

 

O que você tem aprendido de novo?

Bom, o técnico daqui está mudando minha técnica, sinto que está mais fácil de jogar, mas ainda tenho muito a melhorar, a aprender como ter mais feeling e automatizar os movimentos. Os treinos daqui são mais dinâmicos, dois atletas treinam ao mesmo tempo, mas a seqüência de bolas acaba sendo menor.

 

Qual o tipo de jogada que você estar se aperfeiçoando mais?

Estou aperfeiçoando mais meu forehand, tentando dar mais potência e efeito para dominar o jogo.

 

E você sentiu diferença na Seletiva perante as outras jogadoras?

Pude ver na Seletiva que todas estavam bem preparadas, todas melhoraram muito e todas tinham chance de entrar. No primeiro dia não consegui jogar bem, errava muito, mas no segundo senti que estava mais firme, as bolas iam com mais precisão.

 

Bem, mas você mostrou que está jogando bem e, por isso, foi indicada técnica para a Seleção Brasileira. E agora, o que espera do Mundial em Guangzhou, na China?

Espero dar o máximo, lutar junto com toda equipe para chegarmos o mais longe possível e tentar chegar à primeira divisão. Vi nosso grupo do Mundial - Cláudia Ikeizumi, Mariany Nonaka e Carina Murashige - e acredito que podemos chegar lá.

 

Como está sua mente, suas preocupações por participar de um campeonato tão importante para o Brasil e também em poder ir para o Pré-Olímpico garantir vaga para o país?

Estou firme, preparando para poder representar o Brasil da melhor forma possível. Até lá quero melhorar algumas coisas na parte mental, técnica e tática. Quanto à vaga para o Pré-Olímpico, realmente isso dá um friozinho na barriga, mas acredito que será conseqüência, quem se sair melhor garantirá a vaga. Então minha preocupação fica em focar no Mundial e me preparar ao máximo para poder chegar lá sem arrependimentos e estar livre para colocar tudo em prática.

 

E como são os jogos daí da Eslováquia? Você sente muita diferença do Brasil?

Os jogos daqui são normais, nada de grande torcida, poucas pessoas no local, diferente do que se passa na França, por exemplo. Só pegamos um clube que tinha uma torcida grande, tanto que o pessoal do meu clube se assustou com tamanha torcida! O que difere do Brasil é que é um dia de jogo entre duas equipes. Um jogo leva em média uma hora e meia. Quanto aos jogadores, não há nenhum estrangeiro aqui, são todos do próprio país. É um nível regular, mas o interessante é estar sempre jogando com pessoas diferentes, de estilos diferentes, isso está valendo bastante!

 

 

E a questão do seu braço? De estar fadigado?

É fadiga, fiquei treinando sem parar desde que cheguei aqui na Eslováquia na primeira vez, treinei no Natal, no ano novo, não descansei e, por conseqüência, veio a fadiga agora. Mas estou tomando cuidado para não forçar muito, respeitar um pouco meu corpo para poder relaxar e voltar com tudo. Faz parte...

 

É algo que pode ser resolvido logo?

Pelo que sinto, acredito que sim. Teremos um dia de massagem e sauna pra relaxar. Já me aconteceu isso antes, aqui mesmo logo que cheguei, e passou.

 

Qual seu maior objetivo para 2008? E 2009?

Meu maior objetivo em 2008 é chegar aos Jogos Olímpicos. Aliás, é um objetivo que traço desde 2004. Não pensei em nada ainda para 2009, quero colocar todas minhas forças focadas nos Jogos para que meu sonho possa se realizar.

 

E depois que sua vida de atleta acabar? Pensa em viver para sempre do tênis de mesa?

Não penso em viver do tênis de mesa para sempre, afinal o corpo tem limite. Quero fazer faculdade de administração e quero começar logo! Quero estudar, estou sentindo falta dos estudos. Gostaria de estar sempre em contato com o esporte, mas não sei a intensidade que isso será possível. Tênis de mesa foi e é minha vida, não quero largá-la assim de repente. Amo muito esse esporte, mas certamente um dia terei que seguir outro caminho.

 

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