Por CBTM
O técnico da Seleção Brasileira Masculina de Tênis de Mesa, o chinês Wei Jainren, conta um pouco de cada um dos quatro mesatenistas que irão representar o Brasil no Mundial, de 24 de fevereiro a 2 de março, em Guangzhou, sua cidade natal. Experiência e novidade misturam-se na equipe brasileira.
O cearense Thiago Monteiro, os paulistas Cazuo Matsumoto e Gustavo Tsuboi e, ainda, o amazonense Israel Barreto formam o quarteto que irá representar o Brasil sob custódia de Wei, que há muito tempo acompanha a Seleção.
- É preciso que estejamos sempre juntos, ajudando-se. A equipe precisa estar sempre unida: o técnico com seus atletas e os atletas entre si -, afirma o técnico.
Quando um ajuda o outro no time, esse fica mais forte. Quem terá muito para ensinar é Monteiro, o mais experiente do grupo. Desde 1999 morando fora do Brasil, ele hoje é o número 84 do ranking mundial e vence grandes atletas do mundo inteiro nos Abertos da Europa.
- Thiago é o mais experiente. Ele é um atleta com muito controle na mesa. Uma de suas características é o ataque mais para frente -, diz Wei.
Matsumoto mora na França, como Monteiro e Tsuboi, e também jogo Abertos pela Europa. Sua terceira bola especial, super forte, promete fazer bonito na cidade natal de seu técnico. De acordo com Wei, estar competindo o Mundial é um sonho para o paulista, por isso ele está muito concentrado. Mesmo assim, sempre tem algo para melhorar.
- Cazuo precisa de mais segurança no jogo e, também, não usar muito o ataque de esquerda, mas trabalhar bem mais a direita -, confirma Wei.
Tsuboi, um mesatenista de mais ataque, sente muita pressão, como explica o técnico. Wei acredita que isso foi um motivo para esse paulista não ter se saído tão bem na Seletiva Adulta, em Barra Funda, São Paulo, dias 12 e 13 de janeiro.
- Tsuboi jogou um pouco duro na Seletiva, seu nível não foi 100% porque ele sentiu-se muito pressionado. Mas seu tipo de jogo melhorou bastante com suas idas para fora do Brasil -, explica o técnico da Seleção masculina.
Já Israel, a grande surpresa das indicações técnicas para a equipe brasileira, é um grande atleta e está fora do estado foco do tênis de mesa, São Paulo. O reconhecimento de seu potencial é um grande prêmio para o amazonense que agora vai precisar estudar bastante seus rivais.
- Israel também é um atleta que ataca mais, como Tsuboi. Agora ele precisa estudar as novas técnicas utilizadas lá fora, o que será uma experiência muito importante para ele como atleta e técnico -, afirma Wei.
Dia 14 de fevereiro, a equipe brasileira irá embarcar para a China para treinar com jogadores de outros países. Já está combinado treinos com mesatenistas norte-americanos e chineses da cidade do evento. Wei e Maurício Kobayashi viajam antes, para adquirir mais concentração para o Mundial.