Notícia

CONHEÇA ÁRBITRA BRASILEIRA QUE VAI PARA A CHINA

Por CBTM

17/01/2008 16h29


Há mais de 20 anos como árbitra de tênis de mesa, a paranaense Leonor Demário foi convocada para os dois grandes eventos de 2008 para o tênis de mesa: o Mundial em Guangzhou e os Jogos Olímpicos, ambos na China.

 

Leonor começou sua vida no tênis de mesa em meio à família, em jogos em casa e com os amigos na escola. Daí passou a jogar na Seleção Paranaense e foi campeã na década de 80. A partir de então, Leonor não parou mais de trabalhar com o esporte. Cursou Educação Física, estudou arbitragem em sua terra natal, Curitiba, e hoje é árbitra internacional (desde 1988) com uma experiência que poucos colegas de profissão têm.

 

- A evolução da carreira da arbitragem significa que você terá que estudar sempre, estar sempre atualizada, fazer provas para mudar de categoria e continuar sempre estudando, atualizando-se e praticando -, essa é a receita do sucesso de Leonor.

 

Para ter tal posição internacional, a árbitra paranaense conta que estudou muito para conseguir atingir a média. - Quem me ajudou a estudar para essa prova foi meu amigo Júlio Saddock, em 1988. Aliás, meu professor do Curso de Arbitragem -, conta.

 

Mas os testes não pararam por aí, para conseguir a tão esperada vaga nos Jogos Olímpicos e no Mundial foi preciso passar por uma bateria de provas que fazem parte do Programa Educação Continuada para os Árbitros, da Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), que começou em 2001.

 

- Esse Programa significa uma excelência em termos de arbitragem mundial de tênis de mesa, ou seja, novas provas, novas cobranças, novas avaliações, novos procedimentos, padrão de excelência mesmo -, explica Leonor.

 

Por meio desse Programa foi criada a categoria de árbitro internacional White Badge e Blue Badge. O primeiro é o árbitro que faz apenas a prova internacional, já para se tornar BB, é preciso participar de um Seminário de Treinamento e Atualização, prestar nova prova com média mínima de oito pontos, obter quatro avaliações práticas com nota máxima de diferentes avaliadores credenciados e passar por uma entrevista oral para ser testada a fluência na língua inglesa.

 

- Isso quer dizer que agora não basta ser Internacional apenas, a partir da criação desse Programa, então, a ITTF faz a escolha dos árbitros que vão a Campeonatos Mundiais, Jogos Olímpicos e Copas do Mundo apenas entre os seus Blue Badge -, analisa Leonor, a primeira brasileira e a segunda da América Latina a fechar o processo de avaliação (em 2006). Apenas Leonor e Maria José Ferreira, a Musa, possuem o título de BB.

 

Para participar do Mundial em Guangzhou, Leonor fez sua inscrição pela ITTF para ser convocada, já que é uma árbitra Blue Badge. Mas mesmo com muita esperança em trabalhar lá, ela confessa que foi uma grande surpresa ver seu nome na lista de selecionados.

 

- Já estava confirmada para os Jogos em Beijing pela ITTF, então não imaginei que também seria convocada para o Mundial -, confessa. – A participação nos Jogos Olímpicos é um sonho, acredito, de qualquer pessoa que tenha uma mínima afinidade com o esporte. No meu caso, formada na área, atuando como arbitra há tantos anos é, sem dúvida, a realização de um sonho, uma alegria indescritível! Imagino que será o maior espetáculo de Tênis de Mesa que alguém possa ver, ainda mais se tratando da China, que possui quase toda sua população como amante do tênis de mesa -.

 

Na história da arbitragem do tênis de mesa do Brasil, Leonor conta que, nos anos 80-90, o árbitro internacional Murilo Cavalcanti Cabral ia geralmente a todos Mundiais e Olimpíadas.

 

- Ele foi o precursor da participação de árbitros brasileiros em Jogos Olímpicos. Depois disso o Brasil ficou vários anos sem ser convidado para os Jogos. No último, em Atenas, após vários anos tivemos a chance de atuar, pois a Musa foi para a Grécia e eu, para a Paraolimpíada. Quatro anos depois, eu fui selecionada para os dois: Jogos e Paraolimpíadas -, conta Leonor.

 

Sobre os eventos no Brasil, a árbitra de Curitiba espera poder contar com a confiança da CBTM, como de costume, para continuar a ser convocada.

 

- Espero que todos os colegas árbitros possam entender o valor da constante busca da aprendizagem e consigam ser tão felizes na arbitragem como eu sou representando o meu país -, reflete Leonor Demário.

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