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O ETERNO ZAGALLO TAMBÉM JÁ PRATICOU TÊNIS DE MESA

Por CBTM

08/08/2011 08h29


Quando o alagoano Mário Jorge Lobo Zagallo começou a jogar futebol, no final da década de 40, no infantil do América do Rio, a bola avermelhada era pintada de branco para os treinamentos noturnos. Agora, ao comemorar 80 anos, na terça-feira, 9 de agosto, o único tetracampeão mundial da História (duas vezes como jogador, uma como treinador e outra como coordenador) vaticina o fim da evolução técnica no futebol. "Os espaços estão muito congestionados, como o trânsito de São Paulo. O futebol mundial chegou ao limite técnico. É uma correria só."

Testemunha ocular do Maracanazo de 1950 - servia o Exército e trabalhou no estádio durante a partida -, Zagallo jamais imaginou que oito anos depois estaria defendendo o Brasil em seu primeiro título na Suécia. Além de ter sido autor de um dos gols da final (5 a 2 sobre a Suécia), foi responsável por introduzir no País o sistema de jogo 4-3-3, substituindo o tradicional 4-2-4. Hoje, um atacante ajudar na marcação é corriqueiro. No Brasil, foi o primeiro a fazê-lo.

Em 2006, participou pela última vez da seleção brasileira, como auxiliar-técnico, repetindo a dobradinha campeã de 1994. Ele lamenta não ter colaborado com o treinador Carlos Alberto Parreira como gostaria. Um ano antes, havia passado por seriíssima cirurgia e, na concentração, ia de madrugada ao quarto dos médicos da delegação pedir remédios para depressão.

Primeiro jogador do futebol brasileiro a ganhar passe livre e atleta de poucas camisas - atuou pelo América, Botafogo e Flamengo -, Zagallo passa em revista uma longa e vitoriosa carreira. Fala de craques que conviveu em diversas épocas e só não perdoa Romário. "Foi um grande jogador. E ponto."

Antes de marcar sua carreira como jogador do Flamengo e do Botafogo e da seleção brasileira, o senhor passou pelo América. Sempre falou muito bem dos três clubes. Mas, afinal, qual o seu o time de coração?
O Flamengo e o Botafogo me projetaram para o futebol. Tenho um carinho especial por tudo que os dois clubes fizeram por mim. Mas comecei no América em 1947, ainda no infantil. Nasci em Maceió e minha família se mudou para o Rio em 1932. Morávamos na Tijuca, bem perto da sede do América. Meu pai foi conselheiro e benemérito do clube. Eu vivia lá, onde disputei competições de tênis de mesa e natação. Então não tem como ser diferente. Torço pelo América. Assim fico bem com todo mundo.

Como era o futebol naquela época?
Muito amador. A gente jogava com uma bola meio avermelhada, pesada demais. Ela descascava e tinha de ser pintada para ser reaproveitada, principalmente nos treinos da noite.

Na final da Copa de 1950, o senhor viu a derrota do Brasil para o Uruguai. Quais as suas recordações daquela tarde?
Eu prestava serviço militar no Exército. Meses antes da Copa, fui ao Maracanã com meu pelotão retirar madeira da arquibancada. No dia do jogo, estava lá de verde-oliva, cassetete, capacete, "bate-bute". Na arquibancada, eu deveria ficar de costas para o campo, mas vi perfeitamente o gol fatal do Ghiggia (Uruguai venceu por 2 a 1). Aquele delírio, com 200 mil pessoas acenando lenços, acabou tudo ali.(Fernando Paulino Neto e Sílvio Barsetti - O Estadão de S. Paulo)

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