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Em ótima fase, Iranildo Espíndola comemora 50 anos recheados de títulos, recordes e alegrias

Por CBTM

24/01/2019 02h50


Meio século de vida: em busca do quinto ouro seguido em Parapans, ele conta como chegou ao patamar de craque no tênis de mesa

Crédito das Fotos: Roberto Castro/rededoesporte.gov.br / Divulgação Ministério do Esporte

 

Rio de Janeiro (RJ), 24 de janeiro de 2019.

Por: Assessoria de Comunicação – CBTM

“É o seguinte, um pedido meu: vai ter que ser bem caprichado, hein!”. Assim mesmo, bem-humorado, Iranildo Conceição Espíndola, goiano de Silvânia, medalhista de bronze por equipes nos Jogos Paralímpicos Rio 2016, começou a contar sua vitoriosa história: chegando aos 50 anos neste dia 24 de janeiro, com os ombros pesados de títulos e recordes, mas com desempenho e competitividade de garoto. E não pretende parar por aí, afinal, 2019 é ano de Jogos Parapan-Americanos, e disso ele entende muito bem.

O currículo é de dar inveja: Iranildo é o maior campeão dos Jogos Parapan-Americanos no tênis de mesa, após ganhar as últimas quatro edições. Além disso, é quem mais venceu campeonatos internacionais, e também quem esteve em mais disputas. O cenário se mantém em Paralimpíadas, em que é recordista de participações na modalidade, e também no patamar nacional, como o maior ganhador de Campeonatos Brasileiros.

“Ao chegar aos 50 anos vivenciando tudo isso, percebo que já fiz muito pelo tênis de mesa para o Brasil”, contou o atleta. Mas antes que parecesse uma despedida, complementou: “E penso que ainda tenho muito que oferecer”. Com esse pensamento, Iranildo se vê, hoje, ainda perto do seu auge. Não só pela alegria, garra e paixão pelas quais é conhecido, mas também pela rotina de alto rendimento com preparação física, psicológica e nutricional diária. Há quem diga, inclusive, que ele só evolui com o tempo:

“As pessoas chegam até a brincar: “Você parece um vinho, Iranildo, quanto mais velho, melhor está ficando”. Uma informação interessante é que os meus melhores resultados e performances foram nos últimos anos. Eu me orgulho de chegar aos 50 com muito a oferecer, muita lenha para queimar”, conta, nitidamente empenhado com o desempenho, que promete ainda não ter data de validade.

“As pessoas perguntam: “Você não vai parar?” Mas parar para quê? Eu estou bem, feliz, tenho meu esporte ainda, alegria em treinar, competir, e os resultados estão aparecendo. Ainda estou jogando em alto nível, e hoje posso ganhar de qualquer um dos meus adversários. Eu não penso em parar. Até quando eu vou? Não penso também. Até os 60, 70, não, não penso nisso. Penso um dia por vez”.

A performance realmente impressiona. “Acabei de treinar agora e estou fazendo academia. Daqui a uma hora, mais ou menos, já termino por aqui, vou pra casa, e depois do almoço nos falamos, tá bom?”, combinou Iranildo, tentando abrir espaço na intensa rotina de treinos. Não que isso seja um problema para ele, pelo contrário: “Acho que nasci para ser atleta, nas minhas veias corre esporte. Desde pequeno, sempre gostei de esporte”, explicou.

Foi aí que começou a contar sua história desde o início: “Fui jogador de futebol. Não cheguei a ser profissional, mas passei bem perto disso. E meu sonho era jogar em um time grande, chegar à Seleção Brasileira. Mas, infelizmente, foi interrompido. Em 1995, na praia, quando fui furar uma onda. Minha história começa por aí: vi esse sonho indo por “águas” abaixo”. O saldo em sua vida, porém, seria muito melhor que o esperado.

“Mal sabia eu que, talvez, esse acidente iria abrir portas ao invés de fechar, para que eu me tornasse, realmente, um atleta profissional. Faria tudo de novo. Tive muita dificuldade em superar meu acidente, minha vida foi ceifada naquele dia. Eu era um jovem sonhador, mas a partir do momento em que me vi naquela dificuldade, pensei: vou sonhar diferente, mas não vou deixar de sonhar. Vou tentar realizar meus sonhos”, afirmou.

Essa realização começou devagar, ainda na fisioterapia, no início de sua reabilitação. A garra e a vontade características, porém, já estavam presentes naquela época, na insistência em amarrar a raquete na mão para que pudesse treinar, ainda que a tendência prejudicasse: “Um tetraplégico, com todas as possíveis limitações, ser atleta, ainda mais no tênis de mesa, que é um esporte com bastante agilidade e destreza... Mas foi o que mais adequou com minha deficiência”.

O resultado dessa vontade já é conhecido, mas o caminho também não foi fácil: “Eu praticamente vivenciei todas as etapas possíveis. Passei todas as dificuldades, já quase tive que abandonar a carreira por falta de incentivo. Até mesmo para comprar material, para pagar treinamentos. Cheguei a passar cinco, seis meses, até mais, com a mesma raquete porque não tinha condições de comprar nova. Tive tudo de negativo para abandonar a carreira, mas o esporte falou mais alto”, explicou o atleta.

Mas o sucesso era inevitável, e foi confirmado: “Tenho medalhas em todas as competições que já disputei, então estou realizado. Isso não tem preço”, comemorou e, já pensando no futuro, deixou um recado com os objetivos definidos: “Quero seguir em frente, sim, viu? Se for para bater o recorde da Maria Luiza Passos, uma grande amiga, vou bater, hein? Vou disputar agora meu quinto Parapan-Americano, e quero classificar para disputar minha quinta Paralimpíada”, finalizou Iranildo.

 

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