Notícia

Deficiente auditiva com síndrome de Down, Maria Fernanda Costa mostra sua força com conquistas no tênis de mesa

Por CBTM

04/07/2019 19h49


Aos 17 anos, a mesa-tenista passou por vários esportes e já representou o Brasil na versão mundial das Surdolimpíadas

FOTO: Maria Fernanda conquistou duas medalhas de ouro nas Surdolimpíadas 2019. Crédito: Abelardo Mendes Jr/Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania

 

Itapoá (SC), 4 de julho de 2019.

Por: Assessoria de Comunicação – CBTM

Maria Fernanda da Silva Costa, aos 17 anos, lidera o ranking sul-americano para atletas com down. Surda, a catarinense desponta no tênis de mesa após duas conquistas nas Surdolimpíadas 2019, com bagagem internacional e trazendo os ensinamentos que aprendeu nos diversos esportes que praticou antes de definir sua carreira.

Em 2017, a atleta integrou a delegação brasileira na versão mundial das Surdolimpíadas. Forte, Maria Fernanda sabe o momento de usar na mesa o que aprendeu em suas passagens por judô, muay thai, taekwondo e caratê. Para o equilíbrio e a coordenação, aproveita as experiências que teve com yoga e natação.

A razão do seu sucesso como mesa-tenista não é mistério nenhum: são treinamentos de três horas, duas vezes por semana, em que aprimora seus movimentos e fundamentos. Como resultado, medalhas tais quais na Surdolimpíada, disputada em Pará de Minas (MG): ouro no individual, tendo perdido apenas dois sets; e ouro nas duplas, ao lado de Irozina Rauen Vanelli.

"Eu gosto de aprender sempre. Sou forte. Estou evoluindo. Ganhei medalhas. E tem de passar na televisão", vibra Maria Fernanda, que se comunica em libras. Assim recebe as instruções em seus treinamentos, fundamentais para o desenvolvimento da vitoriosa atleta, segundo sua mãe, Karen Jackeline da Silva:

"As pessoas com Down são hipotônicas. Desde que descobri, no parto, trabalho essa estimulação. Por isso o esporte é tudo para ela. E ela não se intimida. Em 2017, quando fomos para a Turquia, ela enfrentou atletas renomadas, que 'davam o pau em cima dela', mas não desistia. Seguia. Luta sempre", explicou.

De acordo com Karen, é através do esporte que Maria Fernanda supre a demanda de constante estimulação, necessária para quem é diagnosticado com esta síndrome. Por meio dos treinamentos, da vibração e dos desafios do tênis de mesa, ela faz do esporte um dos seus idiomas essenciais.

A deficiência auditiva da catarinense foi descoberta aos três anos de idade, como conta sua mãe: "Segundo os médicos, possivelmente veio de uma lesão no parto, uma cesariana por fórceps que machucou muito. Ela é completamente surda de um ouvido e tem 5% do outro. Eu achava até então que a falta de comunicação era porque ela era mais lenta. Só andou com dois anos e quatro meses".

Foi a partir daí, no entanto, que Maria Fernanda começou a “fazer barulho”, em busca de suas conquistas: "Foi um aprendizado lento, mútuo, com muitos desafios e conquistas graduais", lembrou Karen Jackeline da Silva.

O primeiro acontecimento foi ainda na infância, na Escola Municipal Ayrton Senna, em Itapoá (SC). Foi lá que ela pode estudar e se sentiu acolhida, sem que fosse vista como diferente por suas características. A mesa-tenista teve que fugir de momentos de preconceito e despreparo, sair de Blumenau e passar por Balneário Camboriú, em seu estado, para chegar à Itapoá, no colégio que fez jus ao nome de ídolo nacional:

"Fico até emocionada de falar porque me lembro que, quando cheguei lá disse: Ayrton, por favor, aí de cima, olhe por ela. E foi show de bola. Toda escola foi incluída. A gente saía na rua e algumas pessoas sabiam Libras. Os professores abraçaram isso juntos", contou.

Com o ensino fundamental já concluído, o nome de Ayrton Senna já não faz mais parte do dia a dia de Maria Fernanda. Mas o foco, a determinação e o sucesso ainda refletem o piloto, semanalmente, nos treinamentos da atleta. A gratidão também marca presença: a visita ao antigo colégio acontece vez ou outra para atualizar o quadro de medalhas aos professores que a ajudaram. E caso o ritmo atual seja mantido, seus sorrisos com prêmios pendurados no pescoço prometem ser cada vez mais frequentes.

 

A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa conta com recursos da Lei Agnelo/Piva (Comitê Olímpico do Brasil e Comitê Paralímpico Brasileiro) - Lei de Incentivo Fiscal e Governo Federal - Ministério do Esporte.
                                                         

FATO&AÇÃO COMUNICAÇÃO

Assessoria de Comunicação da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa - CBTM

Claudia Mendes – claudia@fatoeacao.com

Nelson Ayres – nelson@fatoeacao.com

Lucas Mathias (estagiário)

imprensa@cbtm.org.br

fatoeacaocomunicacao@gmail.com

 

Siga a CBTM nas redes sociais:
 
FACEBOOK:
 www.facebook.com/cbtenisdemesa

TWITTER: www.twitter.com/cbtm_tm

INSTAGRAM: @cbtenisdemesa

Confederação Filiada

Parceiro Oficial

Jogo Limpo

Patrocinadores

Apoiadores

Seleções
Seleção Olímpíca
Seleção Paralímpica
Eventos
Calendário
Área de Filiados
Desenvolvimento
Universidade do Tênis de Mesa
Escolas de Treinadores
Escolas de Árbitros e Oficiais
Escola de Gestão
Certificações




Vamos conversar?