Notícia

100 DIAS PARA O PAN

Por CBTM

04/04/2007 13h15


Faltam exatamente cem dias para o início dos Jogos Pan-Americanos do Rio, que acontecem de 13 a 29 de julho. Agora, as incertezas quanto o término das obras, por causa dos constantes atrasos, já não existem mais. As principais interrogações passaram a ser o grau de excelência com que serão entregues e a realização de eventos para testá-las.

 

Desde que o Rio ganhou o direito de ser a sede do Pan, no dia 24 de agosto de 2002, o sonho dos organizadores era chegar em 2007 com todas as instalações prontas. Tanto que as várias obras estavam marcadas para serem concluídas no ano passado.

 

Um exemplo é o Estádio Olímpico João Havelange, no Engenho de Dentro, zona norte do Rio, que deveria ter ficado pronto em julho de 2005. Mas, depois de vários entraves jurídicos, como desapropriações e problemas na montagem do teto, a conclusão da obra ficou para a primeira quinzena de junho. Esse atraso, inclusive, fez com que o GP Internacional Rio de Atletismo, agendado para maio, fosse cancelado.

 

Outro equipamento que perdeu uma competição por causa dos problemas para finalizá-lo foi o Maracanãzinho. Em setembro do ano passado, o ginásio seria palco do Mundial feminino de basquete, que precisou ser transferido para São Paulo diante do atraso nas obras, ainda não concluídas.

 

Ainda em 2006, a Cidade dos Esportes no Autódromo Internacional Nelson Piquet, em Jacarepaguá, também deixou de ser entregue: a Arena Multiuso, em julho, o Parque Aquático e o Velódromo, ambos em dezembro.

 

Os meses perdidos tentam ser recuperados com o andamento em ritmo acelerado das obras e a criação de turnos noturnos. Responsáveis pelas construções, os governos federal, estadual e municipal asseguraram a conclusão dos equipamentos da maneira como foram planejados.

 

Mas a Vila Pan-Americana é um exemplo de que a qualidade oferecida nas instalações pode não ser a imaginada, justamente pela falta de tempo para a finalização nas obras. Os 17 prédios que alojarão os 5.530 atletas do Pan ficaram prontos e já estão recebendo a mobília. Só que a urbanização do terreno está apenas em seu início.

 

O presidente da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa), Mário Vázquez Raña, chegou a brincar com a situação na semana passada.

 

"Disse ao prefeito do Rio (César Maia) que faltava verde na Vila. Ele me falou que se a urbanização não ficar pronta, mandará pintar o chão de verde", ironizou.

 

Na Vila, os atletas também estão sob a ameaça de precisar conviver com o mau cheiro do canal do Arroio Fundo, que contorna o local. Até mesmo o secretário municipal de Obras e Serviços Públicos, Eider Dantas, admitiu que a Unidade de Tratamento de Rio (UTR) pode não ficar pronta a tempo para o Pan. E a solução será a utilização de produtos químicos para amenizar o odor.

 

Com tanto atraso no planejamento inicial, a intenção de realizar competições em todas as instalações antes do Pan ficou comprometida. A cem dias do início dos Jogos, somente três eventos-testes estão confirmados: os desafios internacionais de Remo, na Lagoa Rodrigo de Freitas, e de Handebol, no Centro de Convenções Riocentro, nos dias 29 de abril e 14 de junho, respectivamente, além do Campeonato Mundial de Pentatlo Moderno, na Vila Militar, em 18 de maio.

 

Apesar da escassez de tempo, o Comitê Organizador dos Jogos (Co-Rio) mantém a promessa de organizar eventos para testar outras instalações até o início do Pan.

 

 "Confio que as obras ficarão todas prontas e com nível olímpico. Estamos no prazo e serão testadas", disse o presidente do Co-Rio, Carlos Arthur Nuzman, após ser obrigado a anunciar mais um atraso no cronograma do Pan. Desta vez, na venda dos ingressos, que deveria ter sido iniciada nesta quarta-feira, mas só irá ocorrer a partir do dia 27 de abril.

 

No tênis de mesa também existe a tensão, mas esta é causada pelo fato dos atletas que disputarão os Jogos não terem sido indicados ainda. Apenas os experientes Hugo Hoyama e Lígia Silva têm sua vaga garantida, pois foram os campeões da Super Seletiva de Capivari. As outras quatro vagas estão sendo disputadas por Mariany Nonaka, Karin Sako, Carina Murashige, Thiago Monteiro, Cazuo Matsumoto e Gustavo Tsuboi.

 

"Temos que pensar com muito cuidado e analisar o desempenho de cada um. Um Pan-Americano muda para sempre a carreira de um atleta e não poderíamos ter uma decisão precipitada", explica Lincon Yasuda, técnico da equipe brasileira, que deve anunciar a equipe em maio, após o Campeonato Mundial da Croácia.

 

Já Hugo Hoyama mostra serenidade ao falar da possibilidade de se tornar o atleta com o maior número de medalhas de ouro em Jogos Pan Americanos.

 

"É uma alegria muito grande. A minha motivação é enorme para trazer mais uma medalha de ouro e me tornar o maior medalhista em pans. O meu amigo Gustavo Borges não estará no Pan do Rio para tentar mais uma medalha e espero gravar definitivamente meu nome na historia do esporte brasileiro", diz Hugo Hoyama, que tem oito medalhas de ouro, dois bronzes e uma prata.

 

 

Fonte: Yahoo.com.br

 

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