Por CBTM
Hugo Hoyama, brasileiro recordista em medalhas de ouro em Pan-Americanos, com nove no total, deixará a Seleção em 2009 e a carreira no ano seguinte. Mas antes, ele almeja um bom resultado na Olimpíada.
--- Há algum tempo penso sobre quando vou largar a raquete. Por isso, ficar entre as oito melhores equipes em Pequim seria praticamente uma despedida de gala --- disse o mesa-tenista, cuja melhor colocação foi a nona, em Atlanta-1996.
Há cerca de nove meses, após um escorregão na calçada, Hoyama rompeu um dos ligamentos do tornozelo e fraturou a fíbula direita. Desde então, não fez apresentações regularmente. E só foi escolhido para a Olimpíada em virtude da trajetória de conquistas.
Para justificar o apoio, o mesa-tenista trabalha intensamente e busca apoio na família. --- Já me sinto 100% e vou me dedicar em dobro. Não para calar os críticos, mas sim como honrar quem sempre esteve ao meu lado. Como os meus pais --- diz, lembrando Kendi, de 63 anos e Regina, de 62.
Agora como o Tiozão das raquetes, apelido dado por seus possíveis sucessores, Hoyama admite estar perto do fim da linha. Porém, garante ter lenha para queimar.
--- O Bruno (dos Anjos) começou com essa conversa no Pan de 2003. Aí mostrei quem é que pode mais na mesa e ele até falou: Puxa, no treino você morcega, mas no jogo... --- revela, em meio a risos.
Na mesma época das lesões, Hoyama recebeu convite para integrar o PC do B, através do ministro do Esporte, Orlando Silva Júnior. Ele se filiou ao partido de São Paulo, antes do prazo final para se candidatar, e foi cogitado a vereador.
--- Fiquei lisonjeado e pensei no assunto. Mas não posso entrar em algo que não possa dar o melhor --- disse Hugo, que pretende se enveredar na política no futuro, mas pensa primeiro em um cargo na Federação Paulista de Tênis de Mesa (FPTM) OU NO Comitê Olímpico Brasileiro (COB).
Alessandro da Mata
