Notícia

CBTM ENTREVISTA THIAGO MONTEIRO

Por CBTM

24/08/2006 11h22


CBTM: Você é o número 1 do Brasil, nascido no Ceará. Quais as dificuldades a mais que você enfrentou por ser nordestino?

THIAGO MONTEIRO: Bem, no Nordeste do Brasil temos o eterno problema da falta de apoio e estrutura para a grande maioria dos esportes. No tênis de mesa não é muito diferente, mas eu felizmente tive apoio da família e de pessoas envolvidas no tênis de mesa. E naquela época ainda havia um pouco de preconceito, pois não haviam muitos nordestinos na seleção brasileira.

CBTM: Quais foram suas maiores alegrias no esporte até agora. Você tem alguma mágoa?

THIAGO: Eu acho que em todas as fases da carreira tive alegrias. Dou a mesma importância a minha primeira medalha, de revelação que ganhei no primeiro torneio que joguei, aos 7 anos, que dou as minhas medalhas Pan Americanas, por exemplo. Cada conquista marca uma fase da carreira. Hoje minha maior alegria é viver para me dedicar exclusivamente ao esporte, um privilégio ao meu ver.

CBTM: Você e Hugo Hoyama foram classificados por índice técnico para o Sul Americano. Quais são seus principais adversários nesta competição?

THIAGO: Argentina e Chile possuem os jogadores mais experientes e que estão bem acostumados a nos enfrentar. Mas o Brasil está indo com uma equipe motivada e homogênea. Temos nossas chances por lá.

CBTM: Nesta nova leva de mesa-tenistas, como Efraim Carvalho, Humberto Manhani entre outros, quais são as maiores promessas do TM brasileiro na sua opinião?

THIAGO: O Brasil é um país que conta com grandes talentos. Temos jogadores criativos e inteligentes, mas o que preocupa é saber que nem sempre esses talentos terão o apoio para desenvolverem todo o potencial. Uma pena, mas isso vem acontecendo não é de agora! Temos esses que você citou e vários outros!

CBTM: Nas horas de lazer, o que você gosta de fazer? Pratica outro esporte?

THIAGO: Eu curto ler, praticar outros esportes, como futebol e surf. Mas só nas férias por causa das lesões! Ir à praia, sair para jantar, ir ao cinema são programas que costumo fazer também.

CBTM: Qual o melhor jogador que você já enfrentou?

THIAGO: Enfrentei vários bons jogadores, campeões mundiais e olímpicos, é um prazer enfrentá-los, mas chega uma hora que isso já não basta e o que interessa é ganhar deles.

CBTM: Pan 2007. Como número 1 do país, você tem grandes chances de conquistar uma das vagas para a competição. O que significaria disputar uma competição como esta em casa?

THIAGO: Bem, creio que teremos a idéia exata quando chegar a hora do Pan. Primeiro classificar e depois pensar no Pan. Claro que de tanto que se fala nele não tem como não imaginar jogar na frente da torcida. Queria que muita gente que me conhece me visse jogar já que muitos não entendem porque dedico tanto tempo aos treinos. As pessoas precisam ter uma idéia melhor do que é o tênis de mesa, precisam ver ao vivo.

CBTM: É verdade que você fala 6 idiomas? Quais são e como você aprendeu?

THIAGO: Eu falo inglês, francês e espanhol básico além do português. Aprendi um sueco razoável quando morei lá, mas esqueci muita coisa e só lembro de coisas básicas, algumas palavras. Como gosto de aprender línguas acho que dá para aprender mais uma ou duas até o fim da carreira.

CBTM: O TM luta incessantemente pela massificação do esporte. O que você acha que pode ser feito para isso?

THIAGO: Eu acredito que devemos capacitar, remunerar os técnicos e tentar levar o tênis de mesa as escolas. E na parte de alto rendimento temos que ser mais profissionais. Se as pessoas vêem que podem viver de tênis de mesa, passarão a levar a sério.

CBTM: Este ano é ano de eleições. O que você espera dos novos governantes? Já tem algum presidenciável em vista?

THIAGO: Não tenho nenhum presidenciável em vista. Apesar de não confiar em políticos e não gostar do assunto, acho que nós cidadãos temos que nos informar a respeito e levar essa questão a sério. Reinvidicar mais. Parar de colocar a culpa só neles e assumir a nossa parte na responsabilidade.

CBTM: A maioria dos atletas diz que a Olimpíada é uma página a parte em suas carreiras. O que significam as Olimpíadas para você?

THIAGO: A Olimpíada foi um sonho que eu realizei, essas coisas que você imagina quando criança e de repente se vê lá. Mas por outro lado eu esperava mais, achei que a convivência entre os atletas não é tudo isso e que o que vale mesmo é voltar de lá com medalha. Achei todo mundo muito distante, enfim, pensei que fosse outra coisa.

CBTM: Qual a maior amizade que você fez no esporte? Há alguma inimizade?

THIAGO: Eu me dou muito bem com quase todo mundo que convivo. Nesses anos todos jogando por aí eu tenho alguns amigos mesmo, muitos conhecidos, mas inimizade mesmo não tenho nenhuma. Como eu viajo muito só eu sou obrigado a me relacionar com muita gente e hoje sei que em vários lugares que passo posso ligar para alguém caso precise de ajuda.

CBTM: A vida de qualquer atleta é sacrificante. Você se arrepende de algum destes sacrifícios?

THIAGO: A vida de atleta é sacrificante, mas nem tanto. Tem o desgaste físico, as viagens e o tempo fora de casa, longe da família e isso é duro. Mas quem está no esporte geralmente faz algo que gosta e não tem nada melhor do que acordar todo dia pra fazer o que gosta. Pra mim seria muito mais sacrifício acordar todo dia e ficar 8 horas num escritório, por exemplo.

CBTM: Você tem alguma superstição antes do jogo?

THIAGO: Várias. Eu tenho as clássicas e as que invento a cada competição. Mas geralmente nada mais é do que repetir o mesmo ritual de preparação antes do jogo. Eu tenho uma toalha da sorte que fica na minha casa em Fortaleza por que já está velha. Mas agora até que estou mais tranquilo!!!

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