Notícia

THIAGO MONTEIRO: 'ESTOU NO MEU MELHOR NÍVEL'

Por CBTM

13/03/2006 12h07


Atual 106º do ranking mundial, o cearense Thiago Monteiro, não desanimou quando saiu dos Top 100 na última lista divulgada pela ITTF. Ao contrário, o motiva cada vez mais. Enfrentar - e vencer - dificuldades não é novidade na vida do mesatenista número um do Brasil. "Lembro de quando eu viajava 56 horas de ônibus de Fortaleza para São Paulo para treinar".

 

A entrevista a seguir, é a primeira de uma série que vai apresentar ao público quem defende o país nas mesas em torneios por todo o mundo.

 

Fase atual

No momento atual creio que estou no meu melhor nível desde que estou no esporte. Apesar de ainda ter que evoluir bastante, creio que estou um pouco melhor tecnicamente do que antes e com a cabeça mais tranqüila para jogar. Já faz um tempo que eu me mantenho num bom nível, sempre ganhando de bons jogadores, mas acho que agora dá para ir mais longe.

 

Treinamentos

Treino em média entre quatro e seis diárias, quando não estou viajando para competir. Faço musculação três vezes por semana e corridas de vez em quando alem do treino técnico. O diferencial no meu treino hoje em dia é a qualidade. Tenho treinado bastante para evoluir tecnicamente e me manter bem fisicamente.

 

Planos para a temporada 2006

Conseguir um bom resultado no Latino-americano e no Campeonato Mundial com a Seleção Brasileira. Individualmente quero continuar a subir no ranking mundial, mas isso será conseqüência de minha evolução técnica. Hoje já não penso tanto nisso quando jogo.

 

Planos para o futuro

Claro que penso no futuro, mas na verdade estou num momento importante da carreira e quero me concentrar nisso agora. Que é seguir em busca de resultados. Tenho consciência que se buscar meus objetivos agora e realizá-los, não importa o rumo que eu vou seguir, serei feliz e é isso que importa.

 

Curiosidades

Com tantas viagens há sempre momentos divertidos, principalmente quando viajo com os amigos da Seleção Brasileira. Há as dificuldades também. Eu lembro bem das vezes que eu estava sem dinheiro nos torneios e que tinha que dormir no chão do quarto dos amigos, das vezes que tinha que comer mal ... Também quando eu viajava 56 horas de ônibus de Fortaleza para São Paulo para treinar. Lembrar de todo esse esforço para chegar onde estou me motiva cada vez mais.

 

Hobbies

Gosto de ler, praticar outros esportes, ir a praia e ao cinema.

 

Preparação antes dos jogos

Antes de uma partida eu preparo minha raquete e faço o aquecimento. Procuro repetir um certo ritual. Gosto de ficar um pouco sozinho pensando no jogo e vou para a mesa.

 

Concentração

Antes de uma partida eu geralmente gosto de ficar sozinho, tranqüilo, no meu canto. Às vezes imagino o jogo. Mas depende muito do meu estado de espírito antes da partida, se eu estou nervoso ou não. É uma coisa de momento.

 

Maior alegria no Tênis de Mesa

Eu penso que todos os resultados que eu tive desde criança foram uma grande alegria. A minha primeira medalha, em 1988, como revelação de um torneio com apenas sete anos refletiu na que eu ganhei em Pan-americanos. Hoje eu sinto e mesma alegria quando ganho um torneio. Fiquei particularmente feliz por ter estado nas Olimpíadas de Atenas.

 

Maior decepção

Quando não conquistei meus objetivos foram uma decepção pra mim. Não lembro de algo que tenha me deixado extremamente triste. Na verdade, depois de uma derrota, fico com muita raiva na hora, às vezes ate alguns dias ou semanas pensando. Mas logo em seguida eu já olho pra frente em busca de coisa nova.

 

Patrocínio

No momento não tenho patrocínio. Minha única fonte de renda é meu clube na França e eventualmente em torneios exibições, palestras e coisas desse tipo.

 

Comissão técnica

No clube tenho um técnico, Cedric Demangel, que é o responsável pelos treinos para jogos da liga local. Na Seleção Brasileira, tenho o Wei, que me acompanha quando jogo pela Seleção em torneios internacionais.

Acho que o melhor seria se eu pudesse estar em maior contato com o técnico da Seleção e o Demangel pudesse me ver também em outros torneios que ambos pudessem discutir sobre meus jogos e treinos. Como isso não é uma realidade e eu não tenho como contratar um técnico particular, creio que o atleta tem que ser muito consciente do seu jogo e procurar discutir sempre que possível com a comissão técnica. 

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