Por CBTM
Conheça o trabalho da Federação de Santa Catarina de Tênis de Mesa pela entrevista que a CBTM fez com o presidente da federação catarinense, Vilmar Schindler. Aprecie suas idéias e analise suas dificuldades.
CBTM: Quando e quais são os torneios promovidos pela Federação?
FCTM: Temos uma competição dividida em oito etapas: o Circuito Catarinense de Tênis de Mesa. Dentro do Circuito, fazemos uma etapa de campeonato estadual de equipes, individual e duplas, os quais caracterizam oito competições oficiais da federação no ano. Fora isso, temos todas as competições oficiais do estado (Fesporte), SESI, AABB, JECA, Jogos da Melhor Idade, PARAJASC e outras instituições que prestamos serviços de organização e arbitragem, a cargo da empresa ZippEvents.
CBTM: Qual o principal trabalho que a Federação desenvolve?
FCTM: As Competições do Circuito Catarinense. Com a parceria da ZippEvents, melhoramos em muito a relação com projetos e captação, toda entidade deveria ter algum tipo de relacionamento especializado neste setor.
Fazer da melhor forma possível as suas competições deve ser o princípio básico de qualquer instituição de direção desportiva, afinal, esse é o grande compromisso que se deve ter com seus filiados. Por sua vez, além da maior e melhor maneira possível, precisa criar mecanismos para baixar os custos e melhorar a qualidade. O atleta hoje (clube ou federação) está saturado em pagar. Isto está parecendo o Governo Federal, somente imposto e o retorno onde está?
CBTM: Quais as dificuldades encontradas pela Federação?
FCTM: As mesmas que muitas têm: muitos custos e pouco retorno. Para resolver, tentamos criar mecanismo para baixar os custos e aumentar a qualidade para satisfação do cliente que é o atleta. Temos uma instituição forte no estado que se chama Fesporte e suas competições atraem novos atletas, desde a idade escolar até a adulta, sempre com perspectivas futuras.
CBTM: Quais as expectativas para 2008?
FCTM: Manter e crescer. Empenhar-se para desenvolver os projetos das Leis de Incentivo Fiscal (Imposto de Renda, Fundesporte). Com isso, entra capital para podermos investir mais e crescer. Temos em mente um grande projeto com as leis hoje existentes. Poderemos crescer muito, internamente, e reduzir bastante os custos para atletas e clubes.
Nossa meta para 2008 é atingir 3000 alunos da rede de ensino estadual. Eles serão futuros atletas. Isso só será possível com a parceria e propostas que são aplicadas na Alemanhã e que vamos aplicar em SC. Claro que com um grau de dimensão muito menor do que o projeto original.
CBTM: Qual (s) a (s) sugestão (ões) para a melhoria dos torneios e da
administração da CBTM?
FCTM: A tecla é sempre a mesma, custos baixos, melhoria no sistema de comunicação, mais contato com as federações, escutar os problemas e tentar dar a ajuda necessária para resolver estes problemas. A partir do momento em que fomos atrás de parceiros melhoramos. Com a Klopf Speedo houve a padronização dos equipamentos para competições. Hoje nas oito etapas realizadas são mesas Speedo, aparadores Speedo, podium e etc. Damos
uma mesa a quem sedia uma etapa e assim resolvemos.
Mas acho que a CBTM tem o seu próprio caminho traçado, porém não pode esquecer de seus sócios majoritários que são as Federações.
Estamos cientes das dificuldades que as instituições têm. Não creio que seja diferente na CBTM, claro que em menores proporções. Hoje temos um modelo de administração que, segundo outros esportes, somos referência. Isso está resolvido, agora precisamos melhorar a relação atleta-satisfação-desporto-custos-crescimento. Creio que falta pouco para a CBTM ter um grau de qualidade em suas competições. Não devemos esquecer que para uma boa competição precisamos de árbitros qualificados (desporto sem árbitro não é desporto, é pendenga), remuneração justa, equipamento de jogo de qualidade (mesas, redes e bolas), sistema técnico e operadores capacitados para enfrentar casos omissos. Tudo isso temos na CBTM e na FCTM, o que precisamos é convencer o atleta ou o clube de que investir na competição é de fato justo e não somente caro. Temos que elevar o grau de satisfação, do contrário, todo o mês teremos que cancelar competições, porque o cliente vai embora. Não se come à galinha dos ovos de ouro, ao contrário, alimenta-a cada vez melhor para que a coisa se perpetue.