Notícia

NUZMAN IGNORA VERBA ESTATAL

Por CBTM

27/11/2008 19h58


Em audiência pública ontem na Câmara dos Deputados, o presidente do Comitê
Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman, ignorou grande parte de verba
estatal ao esporte para afirmar que países como Austrália, Grã-Bretanha,
Alemanha e China investiram muito mais para alcançar resultados.
O COB argumentou que aplicou em suas atividades e nos programas das
confederações esportivas nacionais um total de R$ 288 milhões (ou US$ 133
milhões no quadriênio).
A entidade apontou que a Austrália aplicou US$ 550 milhões no mesmo período,
contra US$ 1 bilhão da Grã-Bretanha, US$ 1,2 bilhão da Alemanha e US$ 2
bilhões da China.
Mas, se forem considerados, além da Lei Piva, os patrocínios estatais, a lei
de incentivos fiscais, o programa Bolsa Atleta e convênios fechados
diretamente com o Ministério do Esporte a soma investida no esporte de alto
rendimento no período ultrapassa R$ 1,2 bilhão. Ou seja, igualaria o valor
em dólares investido pelos australianos.
Na Olimpíada de Pequim, o Brasil amargou uma 23ª colocação, com três ouros e
17 medalhas. Já a Austrália ficou no sexto posto na classificação, com 14
ouros e 46 medalhas.
Outro tema explorado durante a audiência, na qual estavam presentes
presidentes de confederações patrocinadas por estatais (desportos aquáticos,
vôlei, atletismo e handebol), foi sua polêmica reeleição, no início do mês
passado.
No comando do COB desde 1995, Nuzman não foi em nenhum momento pressionado
pelos parlamentares, mas, logo em sua apresentação inicial, apressou-se em
justificar a recente reeleição até 2012.
Nuzman disse que foram cumpridos todos os prazos legais para comunicar os
presidentes de confederações (eleitores) sobre o pleito. "Então essa eleição
foi uma eleição meramente para consagrar uma chapa de candidatura única." No
início de outubro, sem o apoio das confederações de tênis de mesa e de
badminton, Nuzman foi reeleito para seu quarto mandato. Foi a primeira vez
que não obteve a unanimidade na eleição. Essa eleição foi convocada às
pressas e não contou com chapa de oposição.
Ele justificou a longevidade dele e de presidentes de confederações nos
cargos como uma única forma para obter "prestígio" internacional. "A
experiência e a participação de um dirigente na área internacional, no
mínimo, no mínimo, 12 anos [no cargo]."
Nuzman completou: "Todos têm um tempo superior a isso para poder ter esse
prestígio.
Senão é problema. Eu não vou dizer aqui as influências que têm dentro da
política de uma entidade internacional".

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