Por CBTM
Na última Paraolimpíada, os atletas com deficiência surpreenderam o país. Sem grande investimento, obtiveram desempenho superior aos esportistas olímpicos.
Em Atenas-04, o Brasil foi 14 colocado, com 33 medalhas, e em Pequim subiu para nono, com 47.
Porém, este crescimento pode ser freado em Londres-2012. Como a Confederação Brasileira de Desportos para Cegos (CBDC) passa por uma grave crise financeira, há chances de os esportistas com deficiência visual não terem uma preparação adequada e não consigam trazer, novamente, bons resultados ao Brasil.
Sem verba, os torneios que a CBDC realizaria este ano não estão garantidos. Há necessidade de ajuda externa.
Já o intercâmbio de atletas para o exterior está suspenso e os trabalhos realizados com a base terão pouco investimento.
Técnico de natação paraolímpica, Murilo Barreto confirma sua preocupação com a preparação para os Jogos na Inglaterra.
--- O ano seguinte de uma Olimpíada é muito importante, pois é nele que se inicia a base da preparação para os Jogos que ocorrerão posteriormente. Como estamos com indefinições, temo pela preparação e pelo desempenho brasileiro em Londres.
Ciro Winckler, técnico de atletismo, vai mais longe. Ela acredita que se nada for feito pelo governo, o Brasil terá desempenho pior ainda nos Jogos de 2016, que pode ser no Rio, porque a maioria dos atletas sairia dos atuais jovens talentos do país.