Por CBTM
O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e as confederações nacionais das modalidades acreditam que a delegação que competirá nos Jogos de Londres, em 2012, pode trazer 50% mais medalhas do que o país conquistou em Pequim.
Em coletiva concedida nesta quinta-feira, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro, o COB divulgou as metas de cada modalidade para o ciclo olímpico que vai até 2012, e a previsão é de pelo menos 20 medalhas.
O Brasil voltou de Pequim com 13 medalhas (descontadas as duas obtidas pelo futebol, que não entra no cálculo do Comitê).
Os objetivos específicos de cada esporte foram discutidos entre o Departamento de Alto Rendimento do COB e os departamentos técnicos das confederações, e podem ser alterados até Londres, mas já contam com bons resultados em algumas modalidades.
O basquete é o caso em que isto fica mais evidente. A seleção masculina não se classificou para Pequim, enquanto a feminina, que obteve a vaga, nem passou da primeira fase. No relatório apresentado pelo COB, porém, a previsão para Londres é de conquista de medalhas.
Além disso, as metas preveem uma medalha na maratona aquática e outra no handebol feminino, ambos resultados inéditos.
O judô tem como objetivo trazer quatro medalhas, uma a mais do que em Pequim. Outro aumento em relação a Pequim é na ginástica artística.
O relatório fala em conquista de medalha no solo masculino, o que teria acontecido na China não fosse pelo inesperado tombo de Diego Hypolito.
No documento distribuído à imprensa, algumas metas são mais específicas do que outras. Enquanto a natação, por exemplo, tem como objetivo "seis finais e duas medalhas", a vela cita apenas conquista de medalhas.
O COB, no entanto, minimiza o número de medalhas, e ressalta que as metas serão reavaliadas constantemente e ficarão mais específicas perto das competições.
--- Número de medalhas não representa metas. São duas coisas completamente diferentes. Você não pode dizer que a Jamaica seja uma potência olímpica, mesmo chegando no ranking que ela chegou. Ela teve, de um atleta, um número alto de medalhas. Essas metas não estão sendo representadas pelo número de medalhas que nós estamos apontando. Elas serão colocadas a cada evento. Até porque a gente tem que pensar, no caso de alguns eventos, na classificação. Não adianta pensar em medalha em algum esporte se, por qualquer motivo, ele (atleta) perde a classificação --- disse o presidente do Comitê, Carlos Arthur Nuzman.
O dirigente cita o caso da Jamaica, 13ª colocada no quadro de medalhas em Pequim, com 11 medalhas. O velocista Usain Bolt venceu os 100m e 200m rasos e ainda ajudou seus compatriotas a conquistar o ouro no revezamento 4x100. Além disso, todas as medalhas jamaicanas saíram do atletismo.