Por CBTM
Enquanto o tom otimista marcava o discurso das autoridades brasileiras após a reunião com os integrantes do Comitê Olímpico Internacional (COI), tinha gente aproveitando o movimento na entrada do Copacabana Palace para protestar. De anônimos a associações organizadas, há quem não queira que o Rio de Janeiro seja a sede dos Jogos de 2016.
Com um cartaz escrito em inglês, o relações públicas Eduardo José de Figueiredo tentava chamar a atenção dos integrantes do COI.
--- É uma mensagem para o Comitê Internacional não aprovar a candidatura do Rio. A nossa cidade está um verdadeiro caos. Não temos nada que uma cidade civilizada tem. Como podem as autoridades achar que são capazes de fazer uma edição das Olimpíadas aqui? --- questionava Eduardo, que pouco depois teve seu cartaz apreendido por um dos seguranças.
A poucos metros do governador Sérgio Cabral, que avaliava como positiva a manhã de quarta-feira, militares desempregados protestavam com um megafone.
--- Eles querem pedir as Olimpíadas para o Brasil, mas não se preocupam em devolver os nossos empregos. São 12 mil soldados desempregados --- afirmou Paulo André Schinaider, um dos diretores da Associação Nacional de Ex-Soldados Especializados (Anese), chamando a atenção para o drama de reservistas que fizeram prova para se tornarem especializados, mas não foram aceitos pelo governo e ficaram sem trabalho.
O Rio não é a primeira cidade candidata a enfrentar protestos contra a candidatura. Em Chicago, o volume de manifestações foi bem maior, e pesquisas mostraram que a população não quer a cidade sediando os Jogos de 2016.