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Foram três dias de disputas em oito modalidades e muitas provas emocionantes. O evento foi organizado pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) com recursos da Lei Agnelo/Piva.

A disputa foi entre estados e a delegação de São Paulo sagrou-se campeã geral, com 45 pontos. Os paulistas foram os melhores no atletismo, na natação e no tênis de mesa. Rio de Janeiro, com 39 pontos, foi o segundo e Mato Grosso do Sul, o terceiro, com 34. Para efeito de classificação final foi levada em consideração a pontuação obtida pelos atletas em cada prova do primeiro ao sexto colocado, sendo 10 pontos para o primeiro e um para o sexto.

"As Paraolimpíadas Escolares representam o ponto principal da retomada do projeto escolar Paralímpico", disse Andrew Parsons, que assumiu a presidência do Comitê Paralímpico Brasileiro em fevereiro deste ano.

Esta é a terceira edição dos jogos para estudantes, a última ocorrera em 2007, também em Brasília.

"Tivemos ótimos resultados nesses três dias, mas o mais importante foi a participação das 20 unidades da federação, fazendo com que os estados se envolvessem localmente com o desenvolvimento do esporte Paralímpico. Dessa soma de esforços, CPB, clubes e estados, certamente sairão os futuros atletas que brilharão nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016", completou.

São Paulo faturou 36 medalhas só no atletismo, sendo 11 de ouro. O Distrito Federal obteve mais campeões nas disputas do atletismo, com 13 medalhas de ouro, mas somou 28 no total.

Na bocha, São Paulo conquistou uma de ouro, com Bruna Satie Yamazaki, na classe BC3, e uma de prata, na BC2, com Caroline Rodrigues da Silva, mas não foi o campeão da modalidade. O título ficou com Mato Grosso do Sul, que teve um ouro (Maykon Ameron, BC4) e duas pratas (Karyene Kraemer, na BC 1, e Selma Vargas, na BC4). A campeã da classe BC2 foi a mineira Paula Morais Palis.

O Distrito Federal foi goleado na final do futebol de 5, para deficientes visuais. A decisão foi na tarde deste sábado no Cief, contra a Bahia. Os donos da casa haviam perdido na primeira fase para os nordestinos por 3 a 0.

Na disputa pelo ouro, os baianos não tiveram dificuldades para aplicar 7 a 0. Só o ala Gleidson balançou as redes brasilienses cinco vezes. Everton marcou os dois restantes. Gleidson, que também participou das provas de natação nas Paraolimpíadas Escolares, foi o artilheiro da competição com oito gols.

A vitória baiana reforça o bom momento que o futebol de 5 vive no estado. Em setembro, o Instituto dos Cegos da Bahia (ICB) sagrou-se campeão brasileiro adulto da modalidade em campeonato realizado na cidade de Ilha Solteira, no oeste do estado de São Paulo.

O mineiro Roger César Clark foi o campeão da categoria B do tênis de mesa na disputa para deficientes intelectuais,. Ele venceu três dos seus quatro jogos por 3 a 0 mas teve de suar a camisa para fazer 3 a 2 no vice-campeão, o sul mato-grossense Rafael Monteiro dos Santos. O bronze ficou para Ângelo Roberto Bergo, de São Paulo.

Iasmin Ludmilla, também de São Paulo, foi campeã na categoria A-B e seu conterrâneo, Fabio da Silva Santos, na A-C.
O troféu eficiência da modalidade ficou para a delegação de São Paulo, que acumulou 24 pontos, contra 21 do Distrito Federal.

Três estados dominaram o último dia de provas de natação das Paraolimpíadas Escolares, em Brasília: Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina. Os representantes do estado do Rio de Janeiro conquistaram nada menos que nove medalhas de ouro. Foram seguidos de perto pelos catarinenses, com oito. São Paulo veio logo em seguida, com sete. Além deles, apenas mais duas delegações conseguiram chegar ao ponto mais alto do pódio neste sábado: Minas Gerais (três vezes) e Distrito Federal (uma vez).

Os cariocas tinham como trunfo a jovem promessa Camile Cruz, de 17 anos. Recém recuperada e uma cirurgia de apêndice, Camile (classe S9) mostrou nas piscinas brasilienses que já está em forma novamente. Foi campeã nos 400m livre e nos 50m costas. Outro que conseguiu dois ouros pelo Rio de Janeiro foi Caio Amorim, da S8. Ele foi o melhor 400m livre e nos 100m costas.
Pela delegação catarinense, Matheus Rheine vai levar para casa o ouro nos 400m livre e nos 100m costas da classe S11. Gustavo Gartz, que brilhou recentemente nos Jogos Parapan-Americanos Juvenis da Colômbia, com dois ouros, três pratas e um bronze, foi o mais rápido em Brasília nas mesmas provas de Matheus, mas na classe S9.