Notícia

MOVIMENTO Paralímpico PERDE ALDO MICCOLIS

Por CBTM

14/12/2009 14h35


Faleceu, esta madrugada, Aldo Miccolis, presidente de honra do Comitê Paralímpico Brasileiro. Miccolis estava com 78 anos e  sofreu um enfarto, entre 0h30 e 1h, desta segunda-feira. Carioca, deixa esposa e filhos, e todo paraolimpismo brasileiro órfão.

O velório será na Igreja Batista do Méier (Rua Hermengarda, 31), à partir das 12h. Amanhã, às 8h, será realizado um culto fúnebre no mesmo local. O enterro ainda não tem local e horário definidos.

Aldo Miccolis era conhecido no movimento Paralímpico como “A Lenda”, por seu papel pioneiro no paraolimpismo brasileiro. Começou em 1958, quando ele foi convidado por Robson Sampaio para ser o diretor do centro esportivo do Clube do Otimismo, no Rio de Janeiro. Era o embrião do Comitê Paralímpico. Miccolis ajudou a criar a Associação Nacional de Desporto para Deficientes (ANDE).

Foi diretor da entidade desde seus primeiros dias de existência, em 1975, até 2001. Ajudou na fundação da Confederação Brasileira de Desportos para Cegos (CBDC), foi vice-presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), e era o atual presidente de honra da entidade.

“Eu sou o João Halevange do movimento Paralímpico”, comparava, cheio de orgulho, citando o ex-presidente da Fifa e membro do Comitê Olímpico Internacional (COI), que completará um século de vida no Rio 2016. Todas as vezes que o Brasil participou de uma edição de Jogos Paralímpicos, lá estava Miccolis acompanhando a delegação.

De tanto acumular lembranças Aldo se empenhava em abrir um memorial Paralímpico na antiga sede do Clube do Otimismo, no bairro do Méier. “Guardo comigo a primeira medalha paraolímpica do Brasil e a bocha utilizada por Robson Sampaio e Luis Carlos Costa”, gabava-se.

A dupla a qual se referia Miccolis levou a bandeira brasileira a um pódio Paralímpico pela primeira vez na história na charmosa cidade de Toronto, no Canadá, em 1976. Era a segunda participação brasileira em Jogos – a primeira ocorreu quatro anos antes em Heidelberg, na Alemanha. Eles foram prata na bocha.

Miccolis diz que tinha o maior acervo da história do movimento Paralímpico. “Conto com a colaboração de familiares de atletas que já faleceram. Muita gente me envia recordações de competições passadas”, explicava.

“É uma perda irreparável. Aldo Miccolis foi uma das pedras fundamentais do movimento Paralímpico brasileiro. Sua incomensurável contribuição ao longo de mais de 50 anos ao esporte para as pessoas com deficiência foi decisiva para que o Brasil hoje seja reconhecido como potência paraolímpica. É um dia muito triste para todos nós. Que as boas lembranças e nossa solidariedade possam aliviar o sofrimento de sua esposa e filhos”, diz Andrew Parsons, presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro.

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