Notícia

O CENTENÁRIO DE SYLVIO DE MAGALHÃES PADILHA

Por CBTM

03/06/2009 19h11


Se estivesse ainda entre nós, Sylvio de Magalhães Padilha estaria comemorando o seu centenário neste dia 5 de junho.

Provavelmente, ele foi o maior dirigente esportivo do nosso país e um exemplo de dignidade em todos os órgãos estaduais, nacionais e internacionais que dirigiu.

Nascido em Niterói, na época Estado do Rio de Janeiro, ingressou no exército onde teve capacidade de desenvolver sua potencialidade nata para o atletismo e o basquete, modalidades em que chegou a ser campeão brasileiro.

Aos 23 anos, já integrava a delegação brasileira que participou dos Jogos Olímpicos de 1932, em Los Angeles. Sua esposa, D. Ivone, o acompanhou e por sua simpatia e qualidade de poliglota foi eleita Rainha da Delegação.

No ano seguinte, o grande atleta e futuro dirigente veio para São Paulo, onde associou-se ao Clube Esperia e prosseguiu sua militância esportiva iniciada no Rio de Janeiro, quando fora recordista brasileiro dos 100 metros rasos, com 10,8 segundos, em 1929.

Sua principal prova, desde o início de sua carreira, era a dos 400 metros com barreiras. Em 1931, em Buenos Aires, bateu os recordes brasileiro e sul-americano com a marca de 54,8 segundos, tempo logo depois superado por ele ao conseguir 54,5 na capital da república. Em 1936, na Olimpíada de Berlim, foi o 5º colocado e se consagrou como o primeiro brasileiro a classificar-se em uma final olímpica.

A carreira de Padilha durou 21 anos, de 1927 a 1948. Para que sua equipe conquistasse o maior número possível de pontos nos campeonatos e nos certames de que participava, ele competia, às vezes, em mais de 10 provas (100, 200, 400, revezamentos, provas com barreira e salto em extensão), sendo responsável por importantes vitórias coletivas.

O DIRIGENTE

O carisma desta grande figura das pistas de atletismo fez com que sua presença fosse reclamada como dirigente, como líder. Nesta qualidade, ele ocupou alguns dos mais altos cargos do esporte e deixou uma obra que, como já dissemos, transformou-o no maior dirigente esportivo nacional. Foi presidente do Comitê Olímpico Brasileiro, membro (e mais tarde vice-presidente) do Comitê Olímpico Internacional, onde permaneceu durante muitos anos no Comitê Executivo. Foi um destaque do esporte mundial.

Padilha foi o primeiro responsável pela Diretoria de Esportes do Estado de São Paulo, mais tarde transformada em DEFE e Secretaria de Esportes e Turismo. Neste cargo, que ocupou por várias décadas, ele construiu o Conjunto Baby Barioni, na Água Branca, com a primeira piscina coberta do país, e o Conjunto Esportivo Constâncio Vaz Guimarães (ver seu currículo de dirigente no pé desta coluna).

Ele é o “pai” do Troféu Brasil de Atletismo e o grande incentivador do esporte interiorano, com a criação das comissões de esportes, das turmas volantes e da conquista de passagens ferroviárias grátis para competições esportivas. Deu grande incentivo aos Jogos Abertos do Interior, ao Troféu Bandeirantes e ao Campeonato Colegial de Esportes (que era encerrado com uma grandiosa demonstração de ginástica na Semana da Pátria).

RECONHECIMENTO

Embora perseguido injustamente pelo governo de Jânio Quadros, sua obra foi reverenciada e alvo de reconhecimento e homenagens, como podemos verificar em matéria integrante desta coluna. O prestígio deste dirigente era tanto que, quando diretor do DEFE, ele costumava levar frequentemente o Governador Adhemar de Barros para assistir às competições de atletismo na pista do C.R. Tietê.

Esta identificação com o poder estadual trouxe grandes benefícios para o esporte e os conjuntos da Água Branca e do Ibirapuera estão aí para comprovar.

NO PÉ

Veja quem foi Sylvio de Magalhães Padilha:

Membro da Comissão Executiva do Comitê Internacional Olímpico, I Vice-presidente do Comitê Internacional Olímpico; Membro da Comissão Tripartite do Comitê Internacional Olímpico (Comitê Nacional e Federações Internacionais); Membro da Comissão de Programa do Comitê Internacional Olímpico; Membro da Comissão para a Grécia; Membro do Conselho da Ordem Olímpica do Comitê Internacional Olímpico; Membro da Comissão de Elegibilidade do Comitê Internacional Olímpico; Presidente da Comissão de Inquérito sobre o racismo na Rodésia; Presidente da Organização Desportiva Panamericana; Vice-Presidente da Organização Desportiva Panamericana.

Várias vezes Membro do Conselho Nacional de Desportos; Vice-presidente do Conselho Nacional de Desportos; Diretor Geral do Departamento de Educação Física e Desportos do Estado de São Paulo; Diretor da Escola Superior de Educação Física (São Paulo); Presidente do Conselho Regional de Desportos (São Paulo); Presidente do Conselho Regional de Desportos (São Paulo); Membro Honorário da Organização Desportiva Pan-americana; Benemérito da Educação Física do País; Benemérito do Esporte Paulista; Benemérito da Confederação Brasileira de Volleyball; da Confederação Brasileira de Basketball; da Confederação Brasileira de Pugilismo; da Confederação Brasileira de Esgrima; da Confederação Brasileira de Remo; Membro Honorário das Confederações Brasileiras de: Desportos, Tênis, Atletismo; Natação, Futebol, Remo, Esgrima, Tênis de Mesa, Desportos Subaquáticos, Tiro e tantas outras; Membro Honorário do Panathlon; Sócio Benemérito e Presidente de Honra da Associação de Professores de: Educação Física (São Paulo); do Mackenzie (São Paulo) e de outros Centros Universitários e Estudantis; da Associação dos Cronistas Esportivos, Presidente de Honra da União Pugilística do Brasil; Benemérito do Tênis Clube Paulista; do Clube Espéria (São Paulo); do Yacht Clube Santo Amaro (São Paulo); Benemérito do Clube de Regatas Tietê (São Paulo); do Fluminense Football Club (Rio de Janeiro); do Clube Ginástico Paulista; Membro Honorário do Esporte Clube Pinheiros (São Paulo).

Títulos

“Dirigente Distinguido”; Cavalheiro dos Desportos Continentais e Medalha da “Ordem do Mérito Relevante”, outorgada pela Oficina Permanente da Confederação Sul-americana de Atletismo-, ordem do Mérito da Finlândia, da Suécia e do México; Ordem do Sol Nascente do Japão; Mérito Militar; Ordem do Mérito da Aeronáutica; Cruz do Mérito Esportivo; Cruz do Mérito Social do Instituto Brasileiro de Estudos Sociais; Medalha José Bonifácio, o Patriarca; Medalha Pero Vaz de Caminha do Instituto Histórico e Cultural; Medalha do II Centenário do Nascimento de José Bonifácio de Andrade e Silva; Medalha Marechal Rondon; Medalha do Mérito Cívico e Social; Medalha Santos Dumont; Medalha de Honra do Mérito do Paraguai; Medalha da Tunísia; Medalha da Grécia; Medalha da República da Côte D’Ivoire; Medalha do Mérito Cívico da Espanha e Medalha da China de Taiwan; Titulo de Cidadão Paulistano. Embora nascido em Niterói, adotou São Paulo como sua cidade e teve a alegria de ser agraciado com esse título e honraria.

Possuiu O Troféu “Helms”, prêmio conferido pelos Estados Unidos ao mais destacado dos Atletas das Américas.

Foi Chefe de representações nacionais em Campeonatos Sul-Americanos de Atletismo. Foi Chefe das Delegações do Brasil aos Jogos Olímpicos de Londres, Helsinki, Melbourne, Roma, Tóquio, México, Munich, Montreal, Moscou e Los Angeles. Dos Jogos Pan-americanos realizados em Buenos Aires, México, Chicago, Winnipeg, Cali, Porto Rico e Caracas. Presidente da Comissão Organizadora dos IV Jogos Desportivos Pan-americanos realizados em São Paulo, em 1963.

Como Delegado do Brasil assistiu à II Linguiada, na Suécia, em 1949, bem como participou de inúmeros Congressos de Educação Física e Esportes, representando o Brasil.

Com o saldo financeiro obtido nos Jogos Pan-americanos de 1963, em São Paulo, Padilha conseguiu comprar a sede do Comitê Olímpico, na Rua da Assembléia, no Rio de Janeiro, devidamente autorizado pelo Governo Paulista.

Professor Henrique Nicolini

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