Por CBTM
Para uma pernambucana, o que não falta é dedicação. Com uma raquete, uma bolinha e o pai a tira-colo, Camila Gomes já foi longe defendendo o Brasil e já estuda para as próximas competições de tênis de mesa.
--- As Olimpíadas Escolares, que é muito forte, e o Campeonato Brasileiro.
A atleta lembra que o tênis de mesa é diferente do pingue-pongue, que pode ser jogado em qualquer mesa e vale tudo para rebater a bola. Já mo tênis de mesa, as regras são rigorosas. A mesa tem que ter tamanho exigido pela Confederação Internacional, a raquete também tem que estar dentro dos padrões e até a bola tem um peso estabelecido.
Camila sempre preferiu as regras e treina tênis de mesa desde os oito anos. O pai da menina, Ailton Silva, é também o técnico.
--- Até agora ela só me deu orgulho --- garante.
Aos 14 anos de idade, a menina já é atleta da Seleção Brasileira e defendeu o país no Sul Americano deste ano. Ela trouxe o bronze, terceiro lugar por equipe, uma das muitas medalhas da atleta, que ficou com o ouro na Copa do Brasil.
Mas essas conquistas têm um preço e alto. Para participar de competições nacionais e até treinar com a Seleção Brasileira, Seu Ailton tem que bancar tudo. O custo é dobrado porque ele tem ir junto, já que é o técnico, além de ser de ser patrocinador oficial da filha.
Em média são R$ 4 mil por viagem. Seu Ailton paga a maior parte, mas tem outros colaboradores.
--- Tenho ajuda de tia, da mãe . A gente faz uma união em torno dela que faz uma força muito grande.
Ele avalia que é um investimento cujo retorno pode ser em longo prazo. Camila quer chegar a seleção adulta, e não quer ir sozinha. Quando chegar lá, já sabe quem quer que seja o técnico.
--- Meu pai --- diz.