Por CBTM
Na minha vida dedicada ao Tênis de Mesa, uma característica eu sempre tive: Iniciativa.
Quando as primeiras oportunidades foram a mim oferecidas, tive que abdicar de várias outras ações que para muitos do que estavam próximos eram mais importantes do que uma aventura como esta.
Assim foi na escalada a Árbitro Estadual, Regional e Nacional e a prova definitiva – Árbitro Internacional.
No decorrer do tempo novas oportunidades foram aparecendo e a visão que tinha de transformar estas oportunidades em uma satisfação pessoal foram sendo gradualmente acrescentadas pela satisfação de exercer uma atividade profissional que me desse a satisfação pessoal.
Num período de 6 anos novos desafios foram oferecidos e não recusei nenhum. Sempre aprendendo com o presidente da Federação Catarinense de Tênis de Mesa, Prof. Vilmar Schindler galguei as funções de Coordenador de Arbitragem, Secretário Geral e Vice-Presidente da FCTM, as quais deram-me a bagagem necessária para aceitar outro grande desafio --- Coordenador de Arbitragem da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa.
Após dois anos de trabalho talvez o mais radical dos desafios seria iniciado: mudar para o Rio de Janeiro e assumir a Coordenadoria de Eventos da CBTM e em seqüência a Secretaria Geral. Após um benchmarking na Europa, agora tínhamos um planejamento para alterar a visibilidade dos eventos no país. Trabalho árduo durante pelo menos 6 dias por semana em expedientes de 12 horas, sempre apoiado e acompanhado pelo Dr. Alaor Azevedo e pelo Dr. Ivam Passos Vinhas, pessoas importantíssimas na minha formação.
Após três anos dedicados a esta rotina o lado familiar, que sempre falou mais alto, pesou definitivamente e estava então retornando para o sul com a mais nobre das missões de um ser humano: permanecer ao lado das pessoas que mais gosta.
Ainda ligado ao meio através de vínculo com o Comitê Olímpico Brasileiro, agora o foco era os Jogos Pan-americanos Rio2007, um evento monumental, com estrutura de Jogos Olímpicos, onde realmente poria à prova os meus quase vinte anos de aprendizagem. Iniciado o processo em Abril de 2003, foram quatro anos e meio de doação.
Ao fim do evento tive certeza que agora eu estava pronto para o embate final: Gerenciar eventos na ITTF.
Para isso tinha que atender a várias solicitações. A primeira era a confiança do meu país através da indicação pela Confederação Brasileira de Tênis de Mesa, através da palavra do presidente, Dr. Alaor Azevedo abonando o meu trabalho, o que veio sem qualquer titubeação, demonstrando a fidelidade e profissionalismo com o qual sempre nos tratamos. Então veio a tão desejada oportunidade, oferecida para um treinamento com avaliação no início de 2009, o que foi prontamente acolhida. Após seis anos eu voltava ao mesmo local para fazer novamente um treinamento visando a função de Competition Manager.
Com o apoio indispensável do Dr. Alaor Azevedo realizei este treinamento com mais oito pessoas e deste grupo de nove pessoas, somente sete atenderam às especificidades necessárias. Eu sou uma destas.
Após longos vinte anos dentro do tênis de mesa viajei por muitos países, conheci muitas estruturas administrativas, as comparei e verifiquei que realmente nós estamos muito bem posicionados nesta área. Muitos dos países ditos como primeiro mundo do Tênis de Mesa mundial não tem nem a metade da nossa estrutura e conhecimento.
Nestas andanças o mais importante eu aprendi aqui: O que existe é Oportunidade e uma oportunidade não é nada sem Preparação.
José Zipperer