Por CBTM
Lígia Silva é uma jogadora experiente. Pela nona vez a atleta participou do Campeonato Latino-americano de Tênis de Mesa. A edição desse ano foi realizada em Cancun, no México. Lígia foi campeã na categoria individual duas vezes, no ano de 2006, em Medellín, na Colômbia, e no ano passado, em San Salvador, em El Salvador. Dessa vez, Lígia foi derrotada pela mexicana Yadira Silva e ficou com o segundo lugar.
Agora, a atleta termina sua preparação para a disputa dos Jogos Sul-americanos de Medellín, que acontecerão entre os dias 19 e 30 de março, na Colômbia.
Em entrevista ao site da CBTM, Lígia falou sobre suas conquistas no Latino-americano.
- Você já foi campeã em duas oportunidades, agora ficou com prata no individual. O que mudou na disputa desse Latino-americano para os outros que participou?
Os quatro últimos campeonatos foram bem fortes, mesmo. Até porque tem toda a mistura, jogadoras mais velhas com as mais jovens. E, em tudo na vida perdemos e ganhamos, isso faz parte. Mas, sempre faço a minha parte, que é treinar e agradecer a deus por estar sempre jogando.
- A final do individual foi contra uma mexicana. Você acha que disputar o título contra uma atleta da casa pesou no resultado?
Eu gosto de jogar na casa das adversárias. Sou bem acostumada, desde as finais nos sul-americanos infantis, até as dos latino-americanos juvenis. Não sinto a pressão porque tudo na minha vida é feito por desafios. E é um desafio jogar na casa delas. A concentração é sempre no jogo, tento nunca ver nada além disso. A cubana naturalizada mexicana, com quem joguei, não é qualquer uma. Ela tem um bom histórico, se classificou para as Olimpíadas e fez um juvenil muito forte por Cuba. Eu falhei quando não podia falhar, mas, as minhas derrotas, para mim, sempre servem de lição.
- O Brasil, mais uma vez, foi a melhor equipe. O que levou o Brasil a esse ponto?
É sempre bom fazer parte de uma equipe vencedora. Ainda mais, porque todos sabemos que vaidades não combinam com resultados. Todos têm o seu valor lá dentro e todos temos a capacidade de vencer qualquer um na América Latina. Não podemos esquecer nunca do trabalho excelente que a Confederação está fazendo no Tietê e do nosso técnico Lincon Yasuda. Trabalhar em equipe é hiper importante nos torna cada vez mais fortes e amadurecemos mais rápido.
- Você já disputou os Jogos Olímpicos, o Mundial e a Copa do Mundo. Quais são as diferenças e as dificuldades em se jogar um torneio internacional mundial, em relação à um torneio regional, como o Latino?
As diferenças existem. Gosto de jogar fora. Ainda mais, jogando com atletas bem fortes, eu cresço muito. O nível é sempre forte lá, nunca sabemos com quem vamos jogar. Aqui na América Latina, já temos as figuras carimbadas. E o jogo em si, também é totalmente diferente. Mas, é bom jogar, seja lá ou aqui. Tudo tem o seu valor.