Por CBTM
A escolha da chinesa Gui Lin, 18 anos, para a última vaga da equipe feminina de tênis de mesa do Brasil na Olimpíada de Londres chateou a brasileira Jéssica Yamada, que acabou fora da competição.
A brasileira disse ao Terra que a escolha da Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) foi "incompreensível", por ela estar melhor posicionada no ranking e ter disputado mais torneios internacionais recentemente, apesar de estar torcendo por Lin. A chinesa, por outro lado, acredita ter merecido a convocação.
"Sempre participei da preparação da equipe para chegar à Olimpíada, e estava esperando ser indicada. Quando entrei no site da CBTM e vi meu nome, fiquei muito feliz. Estava esperando, mas mesmo assim, não acreditei", afirmou a mesatenista.
Gui Lin conta que Jéssica a ajuda muito em viagens, e que a relação entre elas é muito boa. "Ela me ajuda muito, já que eu não tenho experiência. É muito amiga", ressaltou, agradecendo a declaração da brasileira de que torcerá por ela em Londres.
A ausência da chinesa nas últimas competições tem motivo, já que esteve lesionada. Ela explica que perdeu posições no ranking por conta do afastamento. "No começo do ano eu estava na frente, mas não pude participar de três campeonatos, então ela acabou me ultrapassando", disse, salientando que está quase 100%. "Já estou no final do processo de recuperação e treinando normalmente".
Segundo o coordenador técnico da Seleção Brasileira, Lincon Yasuda, a escolha da chinesa naturalizada brasileira foi tomada por conta da qualidade da atleta. Para ele, Gui Lin é superior às demais mesatenistas da equipe nacional.
"Com o desempenho recente, percebemos que a Gui Lin, em plenas condições físicas e psicológicas, é a melhor atleta do Brasil. A posição no ranking não reflete o que é a performance técnica. No último ano, que engloba a pontuação que vai para o ranking, a Jéssica teve muito mais oportunidades de atuar do que a Gui Lin", justificou.
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