Por CBTM
O superintendente-executivo de esportes do COB (Comitê Olímpico Brasileiro), Marcus Vinicius Freire, disse que a ciência do esporte é uma aposta do comitê para repetir em Londres 2012 os bons resultados da Olimpíada de Pequim, em 2008.
--- É a ciência que hoje faz a diferença entre um campeão olímpico e um quarto colocado numa mesma prova, incluindo aí um grupo de especialidades que inclui bioquímica, fisiologia, psicologia, nutrição, entre outras --- disse ele.
Em um bate-papo realizado na página da BBC Brasil no Facebook, Freire chegou a afirmar que, atualmente, os atletas têm “a melhor preparação da história da delegação brasileira, em função do momento esportivo no nosso país” e de incentivos públicos e privados.
Segundo o superintendente, a equipe que acompanhará os atletas brasileiros a Londres irá utilizar a transmissão local das competições olímpicas para estudar as estratégias dos principais adversários dos brasileiros.
--- Teremos profissionais editando imagens dos possíveis adversários dos nossos atletas e passando informações para que os técnicos e atletas pensem juntos em suas estratégias ---.
A delegação brasileira tem 19 profissionais de ciência do esporte e 33 da área médica, de acordo com Freire, e dará tratamento personalizado a algumas modalidades, em que os atletas terão rotinas mais extenuantes.
Estratégia agressiva
Questionado pelos leitores, o ex-jogador de vôlei, de 49 anos, disse que o COB pretende manter em Londres o resultado de 15 medalhas conquistado em Pequim, em 2008.
--- Para o Rio 2016, uma vez que teremos tempo para maturar a nossa estratégia e ações específicas, estamos com uma meta agressiva de duplicar no número de medalhas vistas em Pequim 2008 e ingressar no grupo do top 10 pelo total de medalhas ---.
Freire afirmou ainda que o Comitê Olímpico tem um programa chamado “Os 16 de 16? para preparar psicologicamente jovens atletas para a experiência olímpica no Rio.
--- Eles conhecerão como funciona a vila olímpica, locais de competição, de treinamento, coletiva de imprensa, refeitório e estarão preparados para quando tiverem a pressão por resultados em 2016 não serem ‘picados pela mosca da vila olímpica’, onde quem se deslumbra acha ter entrado na Disneylândia do esporte e normalmente perde o foco do que foi fazer nos Jogos --- disse.
De acordo com ele, os jovens atletas de modalidades individuais, que estejam bem colocados no ranking e que nunca tenham participado da Olimpíada terão prioridade no programa.
BBC Brasil