Por CBTM
Bruna Alexandre, de 17 anos, é uma mesatenista catarinense que venceu o último Sulamericano da modalidade, em 2010. Ela seria só mais um dos jovens talentos do país de olho nos Jogos de 2016, se não fosse por um detalhe: ela não tem ó braço direito, amputado aos três meses devido a uma trombose, e jogou contra atletas sem deficiência.
Este ano, ela vai estrear em Jogos paralímpicos. E tem como maior adversária no Torneio uma atleta que já causou comoção em Londres: a polonesa Natalia Partyka, que surpreendeu o mundo ao vencer a dinamarquesa Mie Skov mesmo sem o braço direito.
--- Ela é demais. Já perdi para ela no Mundial da Coreia do Sul em 2010. Hoje, conversamos quase todos os dias pelo computador - conta Bruna, que é uma das favoritas a medalhas este ano, mas não consegue tirar a cabeça de 2016, quando pretende ser a primeira Brasileira a disputar os Jogos Olímpicos e paralímpicos no mesmo ano, no Rio.
Os resultados da catarinense já chamam a atenção de estudiosos, que tentam entender como ela consegue compensar a falta do braço.
--- A amputação. de membros superiores prejudica o equilíbrio mecânico, que influencia diretamente na velocidade. O que atletas como a Natalia e a Bruna conseguem é surreal - diz Márcia Greguol, especialista em ciência do Esporte da Universidade Estadual de Londrina.
Nesta edição, somente dois atletas vão permanecer em Londres para a "dobradinha" olímpica e paralímpica: a própria Natalia e o velocista sul-africano Oscar Pistorius.
Extra RJ