Por CBTM
O ano dourado do esporte adaptado brasileiro foi celebrado na noite desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, onde foi realizada a segunda edição do Prêmio Paralímpicos. Terezinha Guilhermina e Alan Fonteles, dois representantes do atletismo, foram os grandes vencedores da cerimônia, organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
Nos Jogos de Londres, Terezinha Guilhermina faturou o ouro nos 100 m, com direito a quebra de recorde mundial, e nos 200 m. Com três participações em Paralímpíadas, Terezinha soma seis medalhas - três delas de ouro. A brasileira ainda foi protagonista de um dos momentos mais emocionantes do evento: durante a disputa dos 400m rasos, o guia da paratleta, Guilherme Soares, tropeçou e caiu. Em solidariedade, Terezinha desistiu da prova e caiu junto ao companheiro na pista do Estádio Olímpico. No dia seguinte, venceu os 100 m e comemorou muito com o guia
"Este ano foi muito especial para mim. Realizei muitos sonhos e tive um parceiro que merece mais que eu, que é o Guilherme (Soares). Obrigado por tudo, ser brasileira é uma honra. Até uma festa para a gente nós temos", disse Terezinha, recordista mundial dos 100 m, dos 200 m e dos 400 m da classe T11.
Já Alan Fonteles desbancou um astro na Paralimpíada. Em uma prova de recuperação fantástica, ele superou o sul-africano Oscar Pistorius e ganhou o ouro dos 200 m T44. "É um prazer imenso receber o prêmio de melhor atleta do ano. Agradeço a todos que me fizeram chegar à Paralimpíada de Londres", afirmou Fonteles.
A noite de gala no Rio de Janeiro também premiou os melhores de 2012 em cada modalidade paralímpica, além de honrarias para os melhores técnicos de esportes individuais, coletivos, revelação do ano, pesonalidade paralímpica e o Prêmio Aldo Miccollis, destinado às pessoas que se destacam no movimento da pessoa com deficiência (veja abaixo quem foram os vencedores).
"O Brasil ser a sétima potência do mundo em qualquer área de atuação é uma grande conquista. Mostra que o esporte paralímpico brasileiro não é mais emergente, está entre os melhores do mundo", declarou Andrew Parsons, presidente do CPB.
Em Londres, a delegação paralímpica brasileira teve a melhor campanha da história, desde que começou a participar dos Jogos, em 1972. Os paratletas brasileiros terminaram com 43 medalhas, 21 delas de ouro, o que deixou o País na sétima posição no quadro de medalhas - foram ainda 14 medalhas de prata e oito de bronze.
Até 2010, os atletas paralímpicos eram premiados pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o que mudou em 2011, quando o Comitê Paralímpico Brasileiro assumiu o evento, aumentando o número de premiações.
Confira os premiados em cada modalidade:
Atletismo - Alan Fonteles
Basquete em cadeira de rodas - Lia Maria Soares
Bocha - Dirceu Pinto
Canoagem - Fernando Fernandes
Ciclismo - João Alberto Schwindt Filho
Esgrima em cadeira de rodas - Jovane Silva Guissone
Futebol de 5 - Ricardo Steinmetz Alves
Futebol de 7 - Marcos Yuri Cabral da Costa
Goalball - Romário Diego Marques
Halterofilismo - Rodrigo Rosa de Carvalho Marques
Hipismo - Sérgio Fróes Ribeiro de Oliva
Judô - Lúcia da Silva Teixeira
Natação - Daniel Dias
Remo - Cláudia Cícero dos Santos
Rúgbi em cadeira de rodas - Alexandre Keiji Taniguchi
Tênis de mesa - Bruna Costa Alexandre
Tênis em cadeira de rodas - Daniel Alves Rodrigues
Tiro com arco - Francisco Macicledes Barbosa Cordeiro
Tiro esportivo - Carlos Henrique Prokopiak Garletti
Triatlo - Rodrigo Feola Mandetta
Vela - Elaine Pedroso da Cunha
Vôlei sentado - Janaína Petit Cunha
Melhor técnico de esportes individuais
Marcos Rojo Prado, o Marcão (técnico de Daniel Dias)
Melhor técnico de esportes coletivos
Alessandro Tosim (técnico da Seleção de goalball)
Revelação
Maciel de Souza Santos (Bocha)
Prêmio Aldo Miccolis
Rivaldo Araújo da Silva (Coordenador Geral de Esporte de Paratletas de Alto Rendimento)
Personalidade paralímpica
Aldo Rebelo
