Por CBTM
Em seu balanço financeiro de 2011, o Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 lançou R$ 113,5 milhões no item Contratos a Pagar para a Ernst & Young, patrocinadora dos Jogos. Mas, de acordo com a entidade, o valor não vai ser quitado porque corresponde a serviços que serão prestados, por causa do patrocínio.
–- O montante apresentado refere-se a serviço ainda não utilizado, de forma que fizemos lançamentos “de equilíbrio” tanto no ativo (dentro da rubrica “Contratos em Progresso”) quanto no passivo (dentro da rubrica “Contratos a Pagar”) que geram efeito líquido zero – escreveu, em nota, o Rio-2016.
Em dinheiro, a Ernst & Young pagará ao Rio-2016, a título de patrocínio, um total de R$ 9 milhões. Em 2011 já foram repassados R$ 1,8 milhão.
Apesar dos serviços da Ernst e & Young, o Rio-2016 recorreu a uma de suas principais concorrentes. Em 2011, pagou à Delloitte R$ 10,1 milhões. Em 2009, R$ 1,09 milhão:
–- A Ernst & Young não tem em seu portfólio os serviços de outsorcing (NR: terceirização) Contábil /Folha de Pagamento e Fiscal, que a Deloitte oferece. Ressaltamos que a empresa que faz a consultoria não pode ao mesmo tempo auditar estes serviços – justificou o Rio-2016.
Bradesco quita R$ 53,1 milhões
O Banco Bradesco, patrocinador dos Jogos Olímpicos Rio-2016 (no nível principal) pagou à entidade uma primeira cota de R$ 53,1 milhões em 2011. O Comitê Organizador alegou estar impedido por uma cláusula de exclusividade e se recusou a falar sobre o assunto.
E serão os valores pagos pelos patrocinadores que tendem a melhorar os resultados obtidos pelo Rio-2016, no balanço a ser divugado até abril.
Além do Bradesco, a entidade passou a receber recursos de seus outros patrocínios considerados de primeiro nível: Claro, Embratel e Nissan.
Vale ressaltar que o patrocínio da Ernst & Young é classificado de nível 2. Por isso, os valores investidos pela empresa no Comitê Organizador Rio-2016 são menores.