Por CBTM
Por causa do número de atletas, no feminino houve uma junção das Classes 8-9-10, na Seletiva para o Campeonato Parapanamericano, que acontecerá em julho desse ano, ainda em local a ser definido pela liderança de eventos da CBTM.
Os critérios utilizados foram as duas últimas edições do Parapan, em 2009 e 2011, além das competições individuais que foram realizadas ao longo do ano, do Guia de Qualificação feito pelo Comitê Paralímpico das Américas e por avaliações da comissão técnica da CBTM.
Três atletas participaram da Seletiva, Jennyfer Parinos, Carollina Maldonado e Elen Alves da Silva. Quem levou a melhor na disputa do grupo único foi Jennyfer, que venceu seus dois jogos e ficou com a vaga. Na Classe 10, Bruna Alexandre já estava pré-classificada.
--- Apesar de ter enfrentado atletas que estão uma classe abaixo da minha, não foram jogos fáceis. Tive que lutar muito para garantir essa classificação e vou treinar mais ainda a partir de agora para chegar bem preparada no Parapan --- afirmou.
Jennyfer começou a jogar Tênis de Mesa por diversão, convidada pela amiga e vizinha Carolina Maldonado, agora sua adversária nas competições. A brincadeira se tornou coisa séria e em menos de seis meses a então aspirante a atleta Paralímpica foi para a Colômbia participar do Campeonato Parapanamericano Infantil.
Na época tinha 13 anos e participava apenas de etapas do Circuito Copa Brasil. Jennyfer chegou a ser considerada inelegível e não recebeu a autorização para continuar disputando eventos internacionais, pois o responsável pela Classificação Funcional entendeu que a deficiência dela poderia ser curada com tratamento.
A atleta do clube Saldanha da Gama/Santa Cecília, de Santos, tem Raquitismo Hipofosfatérmico, um problema que impede que o organismo absorva o cálcio dos alimentos. Os ossos do corpo inteiro ficam fracos e por ter que sustentar todo o peso as pernas acabam ficando arcadas. O problema realmente tem tratamento, mas Jennyfer foi avaliada novamente em 2010 e ficou na Classe 10.
A atleta está com 16 anos e pretende se formar em Educação Física para um dia tornar técnica. Enquanto isso leva uma vida normal como qualquer outra adolescente e passa horas ouvindo as músicas da banda “Queen”, um dos maiores sucessos da década de 80.
Jennyfer é bicampeã das Paralimpíadas Escolares e agora vive a expectativa de representar o país pela terceira vez em uma competição internacional.
--- Quero agradecer a todos que me ajudaram a chegar até aqui. Minha família, meus amigos, técnicos e os companheiros de treinos. Vou dar o máximo para tentar corresponder e espero conquistar uma medalha para o Brasil --- afirmou Jennyfer.