Por CBTM
Novo diretor-Geral do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, Sidney Levy defendeu nesta segunda-feira, 04, maior transparência dentro da entidade. O executivo disse não ver problemas em revelar, por exemplo, quanto receberá por seu trabalho.
--- Sou a favor de divulgar os salários, mas essa não é uma decisão unilateral. Existem outros diretores e preciso saber se o COI (Comitê Olímpico Internacional) permitirá --- afirmou Levy, que assumiu o cargo em janeiro.
O COI concordou que o Comitê de Londres 2012 divulgasse os salários de seus principais executivos. Por exemplo, Paul Deighton, que ocupou na entidade inglesa cargo equivalente ao de Levy, recebeu em 2011 o total anual de 699,9 mil libras, que correspondem a R$ 2,2 milhões ou R$ 183 mil mensais.
De acordo com Levy, quanto maior for a transparência no Rio-2016 melhor será a adesão da sociedade ao projeto. Ressaltou não esperar encontrar resistências dentro da entidade para divulgar as informações, porque todos comungam das mesmas ideias.
Outro assunto tratado com reservas pelos integrantes do Comitê Rio-2016 e desmistificado por Levy foi o fato de algumas obras dos Jogos estarem com o cronograma em atraso. Salientou que apesar do reveses, não há nenhum motivo para desespero na organização.
--- São coisas que todos sabemos, como o caso das instalações de Deodoro, o aeroporto. Temos tempo para nos recuperar --- frisou Levy.
O diretor de Operações confirmou que a intenção é a de não utilizar dinheiro público. De acordo com o orçamento de candidatura do comitê, os entes públicos devem fazer um aporte de R$ 1,4 bilhão.
