Notícia

Trabalho árduo até ‘Rio 2016’: Bruna Alexandre quer vaga nos Jogos

Por CBTM

14/02/2013 18h45


Ouro já não é mais uma novidade para a mesatenista criciumense Bruna Costa Alexandre. Há 10 anos praticando o esporte, a garota de 17 anos, que por conta de um erro médico teve que ter o seu braço direito amputado quando tinha três meses de idade, não para de contabilizar vitórias.

Hoje, Bruninha está em quinto lugar no ranking mundial de mesatenistas paralímpicas e é a única brasileira no top 10, mas ela sonha em ir ainda mais longe. --- Meu sonho é em 2016 poder jogar as duas competições, os Jogos Paralímpicos e Olímpicos ---, declara a atleta.

As Paralimpíadas, entretanto, não são uma novidade para ela. Bruninha já teve a oportunidade de competir pelo Brasil em Londres no ano passado. --- Foi uma experiência muito grande, perdi nas quartas de final. As de 2016 ainda estão longe, mas eu estou treinando ---, afirma.
Para chegar aos Jogos Olímpicos, Bruna terá que vencer as seletivas em 2015.

Revelada em Criciúma, há 10 meses ela recebeu um convite e foi em morar em São Paulo para fazer parte da equipe de São Caetano do Sul, além de integrar, também, a Seleção Brasileira Paralímpica de Tênis de Mesa. Lá, Bruninha não tem descanso. --- O treino começa às 9 horas e vai até às 11h30min, depois, do meio-dia às 13h30min é o preparo físico, ás 14h é o horário do almoço e das 14h45min às 18 horas é treino de novo. Isso é de segunda a sexta e, às vezes, aos sábados ---, conta.

Competindo, ela dá volta ao Mundo

Quando tinha apenas 14 anos, Bruninha fez a sua estreia em competições internacionais. Em 2009, ela participou do Parapan Juvenil, na Colômbia, e já conquistou três ouros. Hoje, ela já não consegue mais lembrar todos os países que visitou por conta do esporte. --- China, Itália, República Tcheca, França, Itália, Argentina. Costuma chegar a mais ou menos 10 viagens internacionais por ano para disputar o ranking mundial. Em março eu vou competir na Hungria e na Itália ---, comenta. Sem precisar fazer curso, ela aprendeu a falar inglês apenas tentando se comunicar com atletas de outros países, principalmente os chineses. --- Já vi muita coisa. Alguns atletas que não têm os dois braços comendo com os pés e eles faziam melhor do que eu ---, brinca.


Orgulho e preocupação para a família

Skate, futsal e trilha são só algumas das atividades que Bruninha já praticou. Segundo o pai da atleta, Luiz Carlos Alexandre, ela sempre foi agitada e nunca gostou de ficar parada. --- Os esportes que ela gosta são aqueles que a pessoa não fica quieta. Talvez se ela tivesse os dois braços não teria chegado aonde chegou. Ela sempre superou limites, é muito esforçada. Já chegou a ir a pé de casa (no bairro Ceará) até a Fundação (Municipal de Esportes) só para não perder o treino ---, conta o pai. Mas a distância deixa a família apreensiva. --- A preocupação é grande. A gente sempre se comunica por telefone, mas quando ela está longe é preciso esperar até ela voltar ---, declara Luiz Carlos.


Referência para Criciúma

O trabalho de Bruninha, que hoje é reconhecido mundialmente, deixa toda a população de Criciúma com orgulho. Ela conta que recebe o carinho da população quando vem visitar a família. --- O pessoal na rua me conhece e vem falar comigo. Também tem muita gente que me deixa recado no Facebook porque me vê nas reportagens e até dizem que querem ser como eu, mas eu não ligo para isso. Algumas pessoas deixam subir para a cabeça, mas eu preciso focar nos treinos ---, afirma Bruninha. Mesmo pertencendo à equipe do São Caetano, a atleta conta que há uma chance de disputar os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc) deste ano e defender a delegação criciumense. --- O objetivo é tentar o Jasc esse ano, mas vai depender da liberação em São Paulo e de eu não estar em outra competição ---, adianta a mesatenista.


Vitórias cruzam o caminho desde sempre

A trajetória de Bruninha no Tênis de Mesa começou quando ela tinha apenas sete anos e foi acompanhar o irmão em um treino. Nesse dia, o técnico da Fundação Municipal de Esportes, Alexandre Ghizi, a convidou para começar a treinar. Desde então, ela contabilizou inúmeras vitórias. As mais recentes foram a conquista do prêmio Mesatenista Destaque 2012, do Comitê Paralímpico Brasileiro, e o troféu no Mundial Juvenil Olímpico, na Índia. --- Eu evoluí muito rápido, não esperava isso. No começo foi difícil, principalmente para me adaptar com o saque. O equilíbrio ainda é o mais difícil para mim ---, afirma Bruninha. --- Hoje eu também faço parte do Time São Paulo Paralímpico, que reúne apenas 20 atletas e eu sou a única do tênis de mesa. O Brasil é muito forte no paralímpico, o objetivo é chegar em quarto lugar em 2016 ---, comenta.


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