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VÍDEO: VEJA A ENTREVISTA COM THIAGO MONTEIRO

Por CBTM

30/11/2010 14h20


O atleta Thiago Monteiro está no Rio de Janeiro em fase final de recuperação de uma lesão no pulso que o afastou das mesas.

No intervalo entre as fisioterapias, conhece um pouco mais a cidade e nesse final de semana aproveitou para assistir alguns jogos do Aberto do Brasil Paralímpico.

Nessa entrevista, realizada no ginásio da AABB, Thiago falou sobre o início da carreira e como surgiu a oportunidade para ir jogar na França.

Explicou como foi a adaptação no país, ao estilo de jogo europeu, e fez uma análise sobre o atual momento do Tênis de Mesa brasileiro, que considera estar em crescimento.

Thiago revelou que acompanha pelo site da CBTM as competições realizadas durante o ano no Brasil e disse sentir muitas saudades das praias de Fortaleza, sua terra natal, mas garantiu que em nenhum momento se arrependeu da decisão que tomou há mais de dez anos e que não pensa em voltar no momento.

CBTM - O que você achou do Aberto do Brasil Paralímpico?

Thiago - Pelo pouco que vi e conheço achei o nível técnico muito bom e acho que o Brasil está crescendo. Já temos uma medalha de prata em Paraolimpíadas e o que mais me contagiou mesmo foi a ver a alegria deles em competir, o alto astral, isso me chamou muita atenção.

CBTM - Como você avalia o atual momento do Tênis de Mesa Olímpico?

Thiago - O Tênis de Mesa tem crescido bastante, temos uma nova geração surgindo e hoje as condições dos atletas são bem melhores. A minha já foi boa, mas agora está tudo bem melhor e mais fácil. A tendência para 2016 é crescer ainda mais.

CBTM - Você acompanha as competições que acontecem no Brasil? Tem vontade de voltar?

Thiago - Tenho muitas saudades do Brasil, acompanho os resultados, mas tenho plena consciência e certeza de que no momento o melhor lugar para eu estar é na França mesmo. Voltar para o Brasil é algo que não passa pela minha cabeça ainda.

CBTM - Você está na Europa a quantas temporadas?

Thiago - Saí do Brasil em 1999 e joguei dois anos na Suécia. Fui para a França em 2001 e desde estão estou morando lá. Nesses dez últimos anos um deles joguei na Alemanha, mas sempre morando na França.

CBTM - E como surgiu essa oportunidade?

Thiago - Meu fornecedor de material esportivo da época fez a ponte para jogar na Suécia. Tive alguns bons resultados por lá. Em 2001 venci o número 14 do mundo e depois disso recebi um convite para defender um clube francês. Desde então estou lá e muito satisfeito por sinal.

CBTM - Como foi sua adaptação na França? Sentiu falta de alguma coisa?

Thiago - Não focalizei muito nisso de sentir falta de algo porque naquela época, e hoje ainda, eu vivo a realização do meu sonho, então penso muito mais nas coisas boas. É claro que de vez enquanto sinto vontade de pagar uma praia e lá não tem. Até tem, mas é muito frio. Deixei muitas coisas aqui mas não me arrependo da decisão. Jamais ousaria dizer que perdi alguma coisa porque ganhei tanta experiência e vivo para fazer o que gosto e são poucas as pessoas que tem esse privilégio.

CBTM - Qual é a principal diferença de estilo de jogo entre os brasileiros e os atletas da Europa e Ásia?

Thiago - A questão de estilo de jogo é algo mais pessoal. Mesmo entre os brasileiros, cada um joga de uma forma diferente. A questão é que no Brasil ficamos um pouco mais afastados das competições, os métodos de treinos são outros e acho que é isso que faz a diferença.

CBTM - Fale um pouco sobre o início de sua carreira. Como começou a praticar o esporte?

Thiago - Meu pai foi jogador de futebol e começou a jogar Tênis de Mesa muito tarde e se apaixonou. Desde criança sempre fui com ele para o clube e acabei gostando muito também. Depois meu pai se tornou meu técnico, segui carreira profissional e a família inteira apoiou. Meu pai tem participação maior por ter sido meu técnico, mas minha mãe também tem uma influência muito grande, meu irmão joga também, então está tudo em casa.

CBTM - Jogando na Europa você teve a chance de enfrentar jogadores do mundo inteiro. Quem foi seu adversário mais difícil até hoje?

Thiago - É difícil dizer porque já enfrentei vários excelentes em alguns momentos que estavam no auge da carreira. Já enfrentei Ma Lin, venci Campeão Olímpico e meu ídolo de infância. Guardo com carinho as vitórias e não posso dizer que foi um só adversário. Quando parar de jogar será muito legal lembrar de todos eles.

CBTM - Quem você gosta de ver jogar? Quem foi o melhor de todos os tempos?

Thiago - Essa é outra questão que não ouso apontar um só porque é muito difícil comparar gerações. Meu Ídolo de infância foi o Jean, da Suécia. Era o que mais acompanhava, mas a partir do momento que decidi me tornar profissional deixei isso de lado porque jogador profissional não tem que ficar idolatrando ninguém. Nos dias de hoje gosto de ver os chineses jogando

CBTM - Que conselho você pode dar para essa nova geração de brasileiros que está surgindo?

Thiago - Tentar manter acesa a paixão pelo esporte, não perder isso nunca de vista. A partir do momento que você faz algo que ama a se diverte todos os dias nos treinamentos não tem como dar errado. Pelo menos você terá a certeza de que vai chegar ao seu melhor e ser respeitado. Entendo a questão de ser referência para o Brasil hoje, não vou fugir da minha responsabilidade, mas acho que quando se faz aquilo que se ama já está valendo.

Veja abaixo a entrevista completa.

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