Por CBTM
Um projeto para fabricação de bolas ecológicas para futebol e voleibol, que tem como matéria-prima o látex extraído dos seringais está sendo discutido no âmbito da Secretaria de Estado dos Esportes, da Cultura e do Lazer. O secretário Francisco Leilson ‘Chicão’, o secretário adjunto da Justiça, Zaqueu Vieira, o empresário Jaime Rodrigues e técnicos do governo se reuniram para discutir o projeto ecológico "Ecoball", apresentado pela empresa paulista Ecológica Indústria e Comércio de Produtos de Látex. O empresário explicou que o objetivo é chamar atenção para Copa do Mundo. "Imagine só a repercussão que iríamos ter se a bola da Copa fosse 100% brasileira, feita a partir de materiais renováveis e que não agridem o meio ambiente. Seria um ótimo marketing, principalmente para o nosso país que muitas vezes é notícia por conta do descaso com suas florestas" destacou.Rodrigues quer produzir o material em Rondônia e afirma que a ação "garante o reflorestamento comercial, a geração de empregos diretos no meio rural, indiretos na cadeia produtiva do látex cultivado, além da conservação da mata nativa na região Amazônica". De acordo ele, a produção segue os padrões determinados pelas Federações Estaduais, Confederação Brasileira e a Federação Internacional de Voleibol.Zaquel Viera viu no projeto uma forma de trabalhar a ressocialização nas penitenciárias do Estado. "Temos em Porto Velho o Pintando a Liberdade e em Ji-Paraná um projeto onde os detentos já fabricam bolas, só que com laminado flexível. Agora queremos afinar essa proposta para que a fabricação seja 100% ecológica", disse o secretário da Sejus.O titular da Secel, Chicão, acredita que parcerias entre as secretarias estaduais e municipais são a melhor forma de executar o projeto. "Essa é uma ótima proposta, que vai beneficiar toda população. Trabalharmos os cuidados com o meio ambiente e ainda a ressocialização dos apenados é o tipo de ação que se encaixa nas ideias do governo Confúcio Moura" afirmou.A gerente de Esportes, Rose Rivero, lembrou que já estão no fim os preparativos para colocar os aparelhos desportivos do Estado em funcionamento. "Poderíamos utilizar as bolas para fazer um teste e em seguida produzir um relatório sobre a viabilidade do material, uma resposta que deve favorecer ambas as partes, pois além dos fabricantes poderem aprimorar a produção vamos ter a comprovação da funcionalidade do material na prática" declarou.Ao final do encontro o secretário da Secel solicitou a oficialização do projeto e sugeriu ainda o estudo para a produção de tatames, piso emborrachado, saco de box, raquete de tênis de mesa entre outros produtos para prática esportiva.