Por CBTM
Takuji Yamada, de 75 anos, desenvolve um projeto em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes, Lazer e Recreação de Araçatuba.
O mestre treina 30 atletas no ginásio municipal de esportes Dr. Plácido Rocha, e conta com atletas já consagrados na modalidade, como Alexandre Caldeira, campeão para-panamericano, mundial e brasileiro em sua categoria, a pré-sênior.Takuji, que pratica o tênis de mesa há 53 anos e hoje está inserido na categoria "veterano mais de 60 anos", explica que o esporte, por não ser popular, não tem um controle exato de alunos permanentes.
“Não podemos segurar os alunos. Alguns chegam para treinar, ficam uma semana e depois não voltam. Contamos com uma média de 30 alunos, que praticam o esporte comigo. Como não é uma quantidade grande, misturamos as categorias. Mas na equipe que disputa as competições, são apenas 12 atletas. Seis do feminino e seis do masculino”, explica o treinador.
Como em cada jogo pode-se usar apenas três jogadores, Takuji explica que a equipe se intercala de acordo com as partidas. Três ficam na reserva, e três jogam. “Durante uma partida, não podemos fazer substituições, então nós dividimos a equipe de três atletas substituindo em cada partida”, explica o treinador.
Para participar do projeto, basta procurar a Secretaria Municipal de Esportes. Uma estudante de Educação Física, que também faz parte da equipe feminina de tênis de mesa, treina os jovens às terças e quintas, das 15h às 16h30.
HISTÓRIA
Takuji Yamada começou no tênis de mesa por meio de um primo. Ele conta que jogava basquete e que, na época, aconteciam muitos intercâmbios culturais, trazendo diferentes esportes para a popularização na região. Na época, em setembro de 1957, um destes grupos veio até Araçatuba trazendo o tênis de mesa para a população, inclusive com mesatenistas renomados.
Os atletas faziam parte do clube Para Todos, de São Paulo. Takuji gostou do esporte e começou a praticá-lo. Em 1962, conseguiu colocar o tênis de mesa nos Jogos Regionais. Na época, o esporte não era dividido em categorias e sim pelo sexo.Pelo esforço e o trabalho realizado há 53 anos, o técnico e atleta recebeu uma homenagem do Jornal Shimbum, de São Paulo, como o técnico mais dedicado do Brasil no ano de 2010.
O jornal concede este prêmio todos os anos para homenagear esportistas descendentes de japoneses de diferentes modalidades. Além do tênis de mesa, Takuji pratica a natação como hobby há cinco anos.