Por CBTM
Em busca de uma medalha inédita nas Olimpíadas, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) buscou ajuda além das fronteiras nacionais. No início deste ano, foram integrados ao corpo técnico da seleção o francês Jean-René Mounie e o cubano Alexandre Arado, que disputou os Jogos de Sidney em 2000. Disciplinador e organizado, Mounie não alivia os atletas. O estilo agrada a Hugo Hoyama, maior medalhista brasileiro nos Jogos Pan-Americanos e principal nome do esporte no país. Segundo Hoyama, esta atitude estimula os atletas. --- Os jogadores estão se concentrando melhor e os resultados estão aparecendo. Quando comecei, meu técnico exigia muito de mim e acho que isso estava faltando na seleção nos últimos anos. Para manter a concentração, Mounie aplicou medidas mais rígidas. Durante as competições e viagens, os notebooks e celulares dos jogadores são recolhidos depois das 22h. Nada pode atrapalhar o horário de descanso. Mounie se transformou no principal canal da equipe brasileira com as competições europeias. Desde a sua chegada, as promessas da seleção têm viajado frequentemente: --- Este intercâmbio é fundamental para os jovens. Além de ganharem experiência, eles também aprendem novas técnicas jogando com os melhores atletas do mundo. Caroline Kumahara, de 15 anos, confirma a evolução com as viagens: --- Já fui competir na Europa três vezes este ano e evoluímos a cada jogo. Aqui, só encontramos adversários de alto nível se chegarmos à final. Atletas de talento na base O outro reforço de peso já é mais familiarizado com o país. Naturalizado brasileiro e casada com uma paulista, o cubano Alexandre Arado foi jogador da modalidade. Atualmente, o ex-atleta é o técnico da equipe do São Caetano do Sul (SP). Para ele, o Brasil tem muitos jogadores talentosos, mas ainda falta uma boa formação: ---Temos atletas nas categorias de base com potencial para chegar longe. O grande desafio agora é fazer com que todo esse talento não seja perdido na transição para as competições adultas. O Globo