Por CBTM
Além de adquirir experiência internacional, as competições que acontecem em outros países são oportunidades que os atletas brasileiros possuem para conhecerem novas culturas e aprenderem na prática um pouco mais sobre geografia e história.
No entanto, para quem ainda está em idade escolar, viagens constantes podem causar a repetência do ano, pois nem todas as escolas levam em conta a importância do esporte na formação e acabam reprovando o aluno por faltas.
Quem vive do esporte sabe que isso é comum no Brasil, seja em qualquer modalidade, não apenas com o Tênis de Mesa. Aos 17 anos, Paulo Salmin diz que tem a sorte de estudar em um lugar onde os professores são compreensivos. Porém, não é o bastante.
--- Algumas vezes, como agora que estou na Europa para essas competições, fico quase um mês longe da escola. Sei que poderia até ser reprovado por faltas, mas felizmente não será o caso. Meu problema é em relação as matérias mesmo --- afirmou.
--- Quando volto para escola, preciso fazer várias provas que perdi e acabo não estudando direito e tirando notas baixo. Não tem jeito. Sei que não tem como a escola parar tudo e os professorem darem aula apenas para mim, mas mesmo assim na escola Alvaro Fraga, onde estudo, tem me dado apoio e gostaria de agradecer ao diretor João Galvão --- completou Paulinho.
Por enquanto a situação é tranquila, pois além de morar com a família em Jaú e não ter gastos, ainda recebe uma Bolsa Talento Esportivo que o ajuda com as despesas juntamente com os patrocinadores do clube Jahu Bombas/Bosch e Unimed. No entanto, Paulinho sabe que essa situação não será para sempre.
Seja em qualquer esporte, o atleta precisa investir também na formação, pois algum dia a carreira terá um fim. Paulinho ainda não decidiu a profissão que pretende seguir no futuro, mas uma coisa é certa: estará ligada ao Tênis de Mesa.