Por CBTM
A Delegação Brasileira de Tênis de Mesa Paralímpico cruzou vários países antes de chegar a Sheffield. Depois de sair da República Tcheca, passou pela Croácia, Alemanha e França e todos puderam sentir o clima de comoção por causa dos dez anos do atentado de 11 de setembro contra o World Trade Center, em Nova York.
Em meio à comemorações, foi possível notar que o europeu acredita que o terrorismo ainda representa uma ameaça para os países ocidentais. Em Londres, cidade que fica a duas horas de carro de Sheffield, onde o grupo está hospedado, os familiares das 67 vítimas britânicas se reuniram em frente à catedral Saint Paul para uma cerimônia contou com a participação de cerca de 2 mil pessoas.
É estranho observar a maneira pela qual a imprensa ocidental celebra o décimo aniversário dos atentados de 11 de Setembro. Ainda que o assunto possa ser abordado por ângulos os mais diversos, uma palavra de ordem se impôs, ou foi imposta. Os veículos da mídia rivalizam em matéria de testemunhos sobre o tema: “O que você estava fazendo naquele dia, naquele momento?”.
Essa abordagem ilustra a vontade coletiva de não recuar, de não analisar os acontecimentos e as suas conseqüências, de se limitar apenas ao registro da emoção instantânea, ou seja, de não fazer jornalismo, mas um grande espetáculo.
--- Lembro-me que estava em casa comendo um sanduiche e vi na televisão o que havia acontecido. Fui para a escola e tinha uma aula de história, mas o professor esqueceu o tema do dia e se limitou a falar sobre o atentado. E ressaltou a importância daquele momento histórico e como isso iria influenciar na vida de todo mundo --- lembrou o atleta Carlos Carbinatti.
Não houve qualquer tipo de problema nos aeroportos ou nas estradas. A viagem dos brasileiros durou 28 horas por causa das escalas e das longas distâncias percorridas de ônibus e van.