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MATRIZ DE RESPONSABILIDADES DOS JOGOS DO RIO DEVE SOFRER MUDANÇAS

Por CBTM

06/12/2011 09h07


Com previsão de ser entregue ao Comitê Olímpico Internacional em março do próximo ano, a matriz de responsabilidades das Olimpíadas do Rio deverá sofrer mudanças com relação ao dossiê de candidatura. Segundo o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ele conversará com o prefeito Eduardo Paes sobre a possibilidade de o governo federal repassar os recursos das instalações que fazem parte de sua lista de atribuições para que o município execute as obras.

 

- Nossa referência é facilitar a construção da infraestrutura e fazer o que for mais conveniente para os nossos parceiros. O governo não tem como prioridade fazer licitações e executar as obras. Podemos fazer isso pelos governos estadual e municipal - disse.

 

No próximo ano, também será realizada a primeira revisão do orçamento dos Jogos de 2016. A sugestão, feita pelo COI, é que os números (R$ 23 bilhões, orçados em 2008) sejam atualizados após Londres-2012.

 

- A cada ano será feita uma nova revisão até a última, em outubro de 2015. Em 2011, o Comitê Organizador gastou R$ 85.231 milhões, abaixo dos R$ 137 milhões previstos durante a candidatura. Para 2012, a previsão de gastos é de R$ 205 milhões - afirmou Leonardo Gryner, diretor geral do Comitê Organizador, lembrando que a partir de janeiro haverá no site oficial uma seção de transparência para que a população acompanhe despesas, processos de compra e seleção de pessoal.

 

A exemplo do que foi feito em Londres, o Rio também busca soluções sustentáveis para diminuir custos e o impacto ambiental. Dan Epstein, diretor de sustentabilidade do projeto olímpico britânico, diz que a opção pela reutilização do material dos 240 prédios demolidos para a construção do Parque Olímpico numa área deteriorada da cidade ajudou muito a economizar dinheiro. Procuraram também fazer investimentos em sistemas de telhados inteligentes para reduzir em 40% a necessidade de energia, fizeram planejamento contra enchentes, limparam rios para que balsas possam circular durante o evento, além de transportar todo o material por ferrovias para diminuir a emissão de carbono.

 

- O custo dos Jogos foi de 9,3 bilhões de libras (cerca de R$ 25,9 bilhões) e o custo de sustentabilidade foi de 1,5%. Faltam pouco mais de seis meses para os Jogos e estamos entusiasmados e muito nervosos. As pessoas não confiavam nos orçamentos e nos prazos. O que fizemos não foi um investimento nos Jogos, mas algo maior, um legado para 100 anos. O Rio é um caso perfeito para se pensar em sustentabilidade. Basta saber qual é a visão de futuro da cidade. Essa é a questão agora - afirmou Epstein.

 

Na opinião do ministro do Esporte, nenhum outro legado será mais importante do que o esportivo.

- Esse vai ser o principal. Será possível ampliar horizontes com a prática esportiva como um bem social. Há uma dívida muito grande com o país com relação à difusão da prática do esporte. Não há infraestrutura nas escolas e nem uma política institucionalizada. Vivemos de projetos, de programas esportivos. Nos grandes conjuntos habitacionais em Itaquera as crianças têm que disputar com os automóveis, na rua, para jogar bola - disse Aldo Rebelo.

 

Governo não tem interesse em cadeira no Conselho da Copa

 

Por falar em futebol, o ministro afirmou vê com bons olhos a participação de Ronaldo Fenômeno no Conselho de Administração do Comitê Organizador da Copa de 2014 (COL). Por ter disputado três Mundiais, ele acredita que o ex-jogador será fundamental na organização e promoção do evento. Ressaltou também que o governo federal não tem interesse em fazer parte do COL.

 

- O Comitê deve buscar um critério de eficiência para a escolha do terceiro nome, que lhe dê uma possibilidade de funcionamento pleno. O governo não deve se meter nisso e respeitará a decisão que for tomada. O COL é um comitê privado e não tem que dar satisfação ao governo. Se eu pudesse indicar, seria um jornalista por ser da área e conhecer do assunto melhor do que um funcionário público - sorri. - Nosso interesse é cooperar com o COL, Fifa e patrocinadores para que a Copa tenha êxito.

 

Sobre o pedido de renúncia de João Havelange do COI, no período em que a entidade tomaria uma decisão sobre as denúncias de corrupção envolvendo membros da Fifa, da qual Havelange é presidente de honra, Aldo Rebelo preferiu não fazer comentários.

 

- É uma decisão de caráter pessoal. Não tenho que fazer julgamento sobre isso.

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